INVESTIGAÇÕES

Delegada diz que troca de etiquetas em bagagens eram feitas por funcionários do Aeroporto de Guarulhos

As mulheres estão detidas desde o dia 5 de março, acusadas de tráfico de drogas, quando desembarcaram com 40 kg de cocaína

Bagagem em aeroporto (Foto ilustrativa: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A superintendente da Polícia Federal em Goiás, Marcela Rodrigues, disse que a troca de etiquetas de bagagens, que culminou com a prisão de duas goianas na Alemanha, foi feita por funcionários do Aeroporto de Guarulhos. As mulheres estão detidas desde o dia 5 de março, acusadas de tráfico de drogas, quando desembarcaram com 40 kg de cocaína.

A Polícia Federal investiga o caso e aponta que as goianas foram presas por engano, após a troca de etiquetas de bagagem dentro do aeroporto, para que os verdadeiros traficantes de drogas saíssem incólumes.

Entre as evidências de que as goianas presas em Frankfurt são inocentes, está o fato de que elas só pegariam as malas no destino final: Berlim, capital da Alemanha.

A delegada afirmou, durante entrevista coletiva, que as malas não pertenciam às duas. A identificação de ambas partiu apenas das etiquetas trocadas.

“[A troca das etiquetas contou] com participação de funcionários que têm acesso à ala restrita e prestam serviço ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo”, salientou.

As passageiras detidas na Alemanha alegaram desconhecimento das drogas e que são inocentes. De acordo com a Polícia Federal, uma série de evidências indica a inocência das mulheres, visto que não correspondem ao padrão usual das chamadas “mulas do tráfico“.