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Depois de reunião com ministros, Dilma desiste de recriar CPMF

Depois de uma reunião realizada na tarde deste sábado com os ministros do Planejamento, Nelson…

Depois de uma reunião realizada na tarde deste sábado com os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante, a presidenta Dilma Rousseff desistiu de recriar a CPMF. A ideia vinha sendo defendida pelo governo como saída emergencial para cobrir o buraco de R$ 80 bilhões no Orçamento do próximo ano.

A intenção da presidenta era apresentar a proposta de recriação da CPMF ao Congresso na próxima segunda-feira. Pesou na desistência a reação contrária de importantes líderes empresariais e também de aliados políticos. Até mesmo o vice-presidente Michel Temer já havia dito a Dilma que a luta pela volta do chamado imposto do cheque era algo fadado ao fracasso.

Durante a reunião deste sábado, os ministros e a presidenta chegaram à conclusão de que a tentativa de recriação da CPMF resultaria em uma fragorosa derrota no Congresso. A própria Dilma não tinha convicção de que a melhor forma de compensar o rombo no Orçamento seria o retorno do imposto. Defendia um debate maior com a sociedade. A equipe econômica, no entanto, insistia.

Há poucos dias, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, tinha confirmado a intenção de ter o imposto para financiar as ações de sua pasta. Os próprios representantes petistas no Congresso, no entanto, avaliavam como reduzidas as chances de aprovação.

O senador Delcídio Amaral (PT-MS) foi um deles. “Acho que as perspectivas de aprovação são pequenas. Neste momento, acho complicado”, comentou ele. Delcídio sugeriu que o governo avaliasse outras saídas. “Não vale fazer uma reavaliação dos programas de governo que estão aí, muitos deles performando muito pouco, e priorizar investimentos?”, questionou. Outros correligionários tinham opinião parecida.

A CPMF foi derrubada no Senado em 2007, depois de vigorar por dez anos. (O Dia)