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Oposição promete se mobilizar para impedir que taxa do agro passe em 2ª votação

"A mobilização e pressão será muito maior na terça-feira (22)", garante Paulo Trabalho

Deputado acredita que pode reverter votação e barrar taxação do agro (Foto: Ruber Couto - Alego)

Um dos principais mobilizadores dos produtores rurais na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o deputado estadual Paulo Trabalho (PL) diz que é possível reverter o placar na segunda votação dos projetos de taxação do agro. “A mobilização e pressão será muito maior na terça-feira (22)”, garante.

Na noite de quinta (17), a taxação foi aprovada por 22 votos a 16. Esta passou em uma sessão extraordinária convocada nesta quinta-feira. Segundo Paulo, de agora a terça será o momento, também, de conversar com os parlamentares individualmente para tentar virar o voto.

Ele lembra que conseguiu os votos de Alysson Lima (PSB) e Chico KGL (União Brasil), e que Lêda Borges (PSDB) e Karlos Cabral (PSB) votariam contra a contribuição, mas não estiveram presentes. “Seria 22 a 18, então precisamos virar três votos.”

Para Trabalho, existe a possibilidade de conseguir esses nomes, pois o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) “colocou os deputados da base na fogueira com esse projeto. Assassinou a carreira política de alguns”.

Por fim, ele diz que o agro, “que está com sangue nos olhos”, tem uma força tremenda e precisa usar isso. “Levar tratores e caminhões para a porta da Alego. Teremos que fazer algo mais para ter outro resultado.”

A taxação prevista no projeto pode chegar até 1,65% e serve para compensar a perda de arrecadação do ICMS por medida do governo federal, conforme justifica o Estado. Esta não terá incidência em toda a produção agropecuária. Apenas os produtores de milho, soja, cana de açúcar, carnes e minérios serão contribuintes. A proposta do governo estadual é que o valor arrecadado vá para um fundo e seja investido na infraestrutura do Estado.