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Deputado bolsonarista se desculpa por ter votado para recriar DPVAT: ‘Me confundi’

‘Peço perdão pelo meu erro’, disse Maurício do Vôlei

O deputado bolsonarista Maurício Souza (PL/MG), conhecido como Maurício do Vôlei, usou o Instagram para se desculpar por ter votado a favor da proposta que recria o DPVAT, seguro para vítimas de acidente de trânsito, aprovado pela Câmara dos Deputados. O tributo havia sido extinto pelo então presidente Jair Bolsonaro, aliado político de Maurício.

“Vocês podem até me julgar pelo meu erro, eu me confundi naquele momento. Mas não podem me condenar pela minha posição, porque sou contra qualquer tipo de imposto”, disse o deputado federal.

No vídeo, ele ainda afirma que não conseguiria dormir se o voto dele tivesse sido decisivo. “Teve 305 votos, para passar precisava de 251. Se o meu voto fosse o 252, eu nem dormiria à noite. Não sei nem o que faria com a minha consciência.”

Vídeo: Deputado bolsonarista se desculpa por ter votado para recriar DPVAT

Bolsonaro também criticou a aprovação pela Câmara do DPVAT. Segundo o ex-presidente, a extinção do tributo se deu por “excesso de arrecadação e denúncia de desvios”.

“Ontem, lamentavelmente, Lula aprovou projeto de sua autoria para a volta do DPVAT, com outro nome: SPVAT (Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito)”, disse Bolsonaro.

A Câmara aprovou a volta do DPVAT nesta terça (9). A contribuição será administrada pela Caixa Econômica Federal. Com a nova regulamentação, será possível voltar a cobrar o seguro obrigatório de todos os proprietários de veículos automotores e os prêmios serão administrados pela Caixa em um novo fundo do agora denominado Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT).

O SPVAT funcionará como um seguro obrigatório para indenizações de danos causados por veículos ou por suas cargas. Deve ser pago por todos os donos de veículos.

Antes de ser completamente extinta, a tarifa do seguro obrigatório DPVAT foi desidratada a partir do fim do governo Michel Temer e depois no início do governo Bolsonaro. Em 2018, o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) aprovou uma resolução que reduziu as tarifas em 63,3% em média para o ano de 2019. Em 2019, uma nova resolução reduziu mais os prêmios para 2020, último ano em que a taxa foi cobrada. A esta altura, carros particulares pagavam R$ 1,06 pelo seguro.

O fim da tarifa para motoristas foi uma bandeira da campanha de Bolsonaro. No fim de 2019, seu governo anunciou a medida provisória que a extinguiu, sob a justificativa de que era caro manter e supervisionar a cobrança e de que havia muitas fraudes ocorrendo no sistema.

DPVAT: entenda sobre a volta do seguro obrigatório para veículos

*VIA O GLOBO