Deputado critica foto de Caiado em projeto da Reforma Administrativa
A fala foi feita durante reunião da comissão mista para votar a reforma administrativa do governo estadual
Uma foto do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), colocada no final do Projeto de Lei de Reforma Administrativa do poder executivo estadual foi critica pelo deputado estadual Antônio Gomide (PT). A fala foi feita durante sessão da Comissão Mista na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), na tarde desta terça-feira (7).
“Quantos atos temos em relação aos princípios da administração pública. Além da questão da efetividade, publicidade, a moralidade, a legalidade, tem a impessoalidade. Como manda um projeto desse, com a fotografia da campanha do governador Ronaldo Caiado?”, disse.
O deputado ainda disse que, uma foto assim, em um projeto de reforma administrativa, em outros momentos, “poderia dar grandes problemas”. E chegou a citar a atuação do Ministério Público (MP). “Inclusive tirar, para que não possamos votar aqui, com essa fotografia”, finalizou.
A imparcialidade citada pelo deputado está prevista no artigo 11 da Lei de Improbidade Administrativa nº 8.429 “Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições”, diz a abertura do artigo.
Frases de efeito
A foto foi inserida na página 235 do projeto enviado para análise dos deputados estaduais. Ela está acompanhada da frase, escrita entre aspas: “Quero Goiás como exemplo de governo eficiente e comprometido com seus cidadãos e com o futuro da nação”. No canto superior da foto está o novo slogan da atual gestão, acompanhado da bandeira do estado: ‘somos todos Goiás’.
Em seguida, no documento, aparece uma longa “mensagem inicial e objetivos”, que explica o processo de elaboração do grupo de estudos que resultou na proposta. “Temos uma nova diretriz, um novo norte… Um plano de governo para mudar Goiás”, diz outra mensagem.
Procurada pela equipe do Mais Goiás, a assessoria de imprensa do governador não se manifestou sobre o assunto.