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Deputados querem lei para lembrar prisão de bolsonaristas em ‘campos de concentração improvisados’

Projeto tem apoio de Carla Zambelli, Alexandre Ramagem e Mario Frias

Bolsonaristas em campos de concentração? Há duas semanas, encontra-se na Mesa Diretora da Câmara um projeto de lei de cunho bolsonarista que propõe instituir o “Dia Nacional dos Presos Políticos” em 9 de janeiro. O projeto aguarda o início da tramitação.

O projeto, liderado pelo deputado Coronel Meira (PL-PE), visa reconhecer o “day after” dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 como um momento de “memória e reflexão”, com o propósito de evitar a perda da democracia no país. Apresentado no dia 7, o projeto já conta com pelo menos 13 apoios, incluindo os de figurinhas carimbadas como Carla Zambelli, Alexandre Ramagem e Mario Frias, todos do PL.

Na justificativa do projeto, os parlamentares argumentam que a data é relevante devido à suposta violação dos direitos humanos durante um incidente em Brasília, onde manifestantes acampados em frente ao QG do Exército foram detidos em condições que os parlamentares descrevem como semelhantes a um “campo de concentração” da Polícia Federal.

Ainda conforme publicado pelo colunista Lauro Jardim, do O Globo, a referência ao método nazista de extermínio de judeus é reforçada quando o texto de Meira, assinado pelos parlamentares, descreve o ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal como um “campo de concentração improvisado”.

Os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro também propõem que o 9 de janeiro seja um dia para lembrar Cleriston Pereira da Cunha, um empresário de 46 anos que faleceu em novembro do ano passado após um mal súbito enquanto estava detido na Papuda. Ele foi um dos presos do 8 de janeiro.

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