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Desemprego recua para 11,6%, mas ainda atinge 12 milhões, aponta IBGE

Levantamento aponta que índice é o menor desde junho de 2016, quando a taxa de desemprego também ficou em 11,6%

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,6% nos três meses até novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 28. A quantidade é a mais baixa desde junho de 2016 e representa mais de 12 milhões de brasileiros desempregados. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Segundo o levantamento, o País criou 1,3 milhão de postos de trabalho em um ano, o que fez com que a quantidade de pessoas sem emprego caísse em 364 mil brasileiros em doze meses.

O Instituto também anunciou que a aumentaram os brasileiros que trabalham sem carteira assinada pelas empresas. A população que trabalha sem carteira assinada no setor privado subiu 498 mil em um trimestre. Com isso, o Brasil bateu um recorde de aproximadamente 11,7 milhões de brasileiros nessa situação.

No mesmo período, o mercado de trabalho perdeu 6 mil vagas com carteira assinada. Durante o mesmo trimestre, mais de 528 mil brasileiros aderiram ao trabalho por conta própria. Isso também representou um recorde de 23,8 milhões de pessoas para os três meses.

O número de pessoas ocupadas no País cresceu em relação ao trimestre terminado em agosto. Até novembro, o número era de 54,7% ante aos 54,1% registrado no período anterior. Já a quantidade de pessoas inativas diminuiu em 292 mil pessoas no trimestre, totalizando 65 milhões de brasileiros nessa situação.

(Foto: Divulgação/Pnad/IBGE)

Insuficiência de horas trabalhadas

A taxa de subocupação por insuficiência de horas subiu para 7,5% no trimestre até novembro de 2018, ante 7,3% no trimestre até agosto. Em todo o Brasil, há 7,028 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, um recorde na série histórica iniciada no primeiro trimestre de 2012.

O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior. Na passagem do trimestre até agosto para o trimestre até novembro, houve um aumento de 317 mil pessoas na população nessa condição. Em um ano, o País ganhou mais 570 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas.

Faltou trabalho

Ainda segundo a Pnad Contínua, faltou trabalho para 27,028 milhões de pessoas no País no trimestre encerrado em novembro deste ano. A taxa composta de subutilização da força de trabalho recuou de 24,4% no trimestre até agosto de 2018 para 23,9% no trimestre até novembro deste ano.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até novembro de 2017, a taxa de subutilização da força de trabalho estava mais baixa, em 23,7%.