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Desenvolvedora nega chave para jogadora que apoia direitos LGBT

Nada é tão ruim que não possa ser piorado. A desenvolvedora eslava (eles nunca especificaram…

Nada é tão ruim que não possa ser piorado. A desenvolvedora eslava (eles nunca especificaram seu país de origem) Dream Games se envolveu em uma polêmica homofóbica no Steam e ainda conseguiram piorar ainda mais a própria situação com suas postagens e meias justificativas nas horas seguintes. O Kotaku está cobrindo a situação e reporta o que aconteceu. A usuária do Steam ||BR|| niveadec entrou em contato com os desenvolvedores para obter uma chave de acesso ao acesso antecipado de seu único jogo, Operation Caucasus, um FPS ruim que já foi adiado mais de uma vez e removido do Steam anteriormente.

 

Ela então fez uma resenha do jogo e postou uma foto mostrando que não apenas teve a sua chave recusada com foi mandada “se f#der” por usar um avatar com as cores do arco-íris LGBT. Em sua avaliação, ela fala que conseguiu jogar o jogo com a chave de um amigo, mas que ele deu crash em suas duas tentativas e salientou “marque esta resenha como útil para que os jogadores saibam claramente sobre a homofobia dos desenvolvedores”.

 

Isso obviamente deu início a uma tempestade de comentários e apoio à jogadora via Steam e via Facebook, além de críticas severas à homofobia dos desenvolvedores. O top comentário no Steam atualmente é: “Aos idiotas que acham que LGBT não são pessoas normais: você é um idiota, eles são pessoas normais” e outro disse: “Jogos são para todos. O prazer de jogar video games não deve ser restrito”. Aí você pensa: eles pediam desculpas? Eles voltaram atrás?

 

Os desenvolvedores se manifestaram na comunidade com o comentário: “Nós nunca vamos apoiar LGBT. Não somos um brinquedo. Esta é nossa liberdade de expressão. Nós não precisamos do dinheiro deles nem do seu se você apoia ou é LGBT. Você não gosta disso? Então denuncie este jogo”. Obviamente, a tempestade só dobrou de tamanho. Um dos últimos comentários na página do Facebook do jogo foi: “Na atual situação, vocês deviam simplesmente desistir de fazer este jogo. Vocês serão seguidos e enfrentarão protestos para sempre”. Os comentários dos próprios desenvolvedores descambaram para a xenofobia, especialmente contra americanos que se manifestaram pró-LGBT: “Se você não gosta dos EUA assim, então simplesmente não venda seu lixo aqui”, retrucou um dos usuários.

 

Bons tempos. Em mais uma tentativa pífia de impedir o terremoto, a Dream Games publicou uma nota oficial no Steam pedindo desculpas, pero no mucho: “Sobre nosso incidente LGBT, como mencionamos anteriormente, nós sentimos muito por essa situação. A verdade é que não apoiamos e nunca apoiaremos pessoas LGBT e sentimos pena dessas pessoas mesmo se elas pensam que estão felizes consigo mesmas”. Parece piada, mas isto é uma declaração oficial. Eles continuam: “Porém, as ações de nossos ex-funcionários são inaceitáveis, nós somos desenvolvedores e fazemos jogos para toda a sociedade, todos têm o direito de jogar nossos jogos”. Basicamente: nós odiamos gays, verdade, mas eles podem nos pagar para jogar nosso jogo.

 

Como esperado, isso jogou mais sal na ferida e aparentemente eles não estão mais dando chaves de acesso tão facilmente, com medo do jogo ser votado negativamente como forma de protesto. “Eu prefiro dar meu dinheiro para outras companhias que não são formadas por crianças preconceituosas presas ao passado”, postou uma usuária no Facebook. Outro disse: “Orgulhosamente contra os LGBT… quem compraria seus jogos?”. A novela ainda não acabou, mas só dá sinais de que ainda vai piorar.