Detentos se casam em cerimônia coletiva em penitenciária do Paraná
Cerimônias semelhantes ocorreram em fevereiro na Penitenciária de Cruzeiro do Oeste e em abril na Cadeia de Paranavaí
Nove detentos se casaram com suas respectivas noivas na Penitenciária Estadual de Guaíra, no Oeste do Paraná, em uma cerimônia coletiva de casamento civil e religioso. A solenidade aconteceu na terça-feira (26).
A cerimônia foi conduzida pela juíza da comarca de Guaíra, Maria Luiza Mourthé de Alvim Andrade, que também atua como corregedora dos presídios locais. Após a oficialização civil, os casais reeberam a benção do pastor Benedito Barbosa.
A diretora-geral do PPPR, Ananda Chalegre, destacou o impacto da ação no processo de humanização dos custodiados. “O casamento comunitário não é apenas uma celebração, mas um marco no fortalecimento de vínculos familiares, essencial na reintegração social. Essa iniciativa mostra como conjuntos de esforços podem transformar vidas e oferecer perspectivas mais dignas a quem está em reconstrução”, afirmou.
Já o diretor da penitenciária, Edilson Aparecido de Medeiros, ressaltou o papel das famílias no processo de ressocialização: “A família atua como um microssistema fundamental na reinserção social, criando expectativas e perspectivas de um futuro melhor para os detentos.”
A Constituição Federal e a Lei de Execução Penal (LEP) garantem aos detentos direitos civis, incluindo o casamento. O programa “Casando Direito”, responsável por ações semelhantes em outras unidades, tem como objetivo regularizar a situação civil dos apenados e garantir sua convivência familiar. Eventos semelhantes aconteceram em fevereiro na Penitenciária Estadual de Cruzeiro do Oeste e em abril na Cadeia Pública de Paranavaí, beneficiando outros casais.
Além das autoridades locais, a cerimônia contou com a participação de promotores de justiça, defensores públicos e federais, e representantes do Conselho da Comunidade de Guaíra.
A iniciativa foi promovida pela Defensoria Pública do Paraná em parceria com a Polícia Penal do Paraná (PPPR) e o Conselho da Comunidade de Guaíra.