Difícil, mas divertido e bem feito; relembre Battletoads in Battlemaniacs
Esses dias resolvi tirar a poeira do Super Nintendo (SNes). Peguei, então, meu lindo cartucho…
Esses dias resolvi tirar a poeira do Super Nintendo (SNes). Peguei, então, meu lindo cartucho de Battletoads in Battlemaniacs. Quem conhece sabe que este e um clássico de NES (o Nintendinho 8 Bits) e sabe também que o título conhecido pela dificuldade insana.
O de NES chega a ser injusto. Inclusive, tem uma fase de dois players que o controle 2 trava – ninguém imaginou que uma partida cooperativa fosse tão longe. Mas no SNes não é assim. O game é justo e dá para zerar tranquilamente quando se pega o jeito – eu mesmo, na adolescência conseguia fechar com uma ou duas vidas.
Contudo, dessa vez eu amarguei um game over no quarto cenário (quinto, se considerarmos a fase bônus como terceira). Não, não é a fase da “motinha”, como era chamada. Mas vamos explicar melhor, que é para todo mundo entender.
Detalhes
Battletoads in Battlemaniacs é a sequência/reboot de Batlletoads. É um jogo beat n’ up (às vezes) e plataforma, no qual você controla dois sapos: Rash e Pimple (o primeiro era Rash e Zits, porque Pimple foi sequestrado – aqui Zits foi raptado)
A história – que ninguém liga(va) – mostra os sapos fanfarrões Pimple e Rash em uma apresentação de um novo videogame do professor T-Bird (um pássaro cientista que ajuda os anfíbios antropomorfizados). O jogo Gamescape é tão poderoso que pode criar um mundo artificial e isso gera todo o problema.
A vilã, Dark Queen (que parece com a Tiazinha – volte aos anos 1990/2000) envia, então, um súdito porco do apocalipse sequestrar os presentes, que inclui uma princesa e o Zits, o que é feito com sucesso. Então, Rash e Pimple precisam ir ao mundo virtual resgatar seus amigos.
Gráficos
O jogo lançado para o SNes em 1993 pela Rare tem um gráfico incrível para a época, com sprites enormes dos sapos e muitos detalhes. Uma coisa que deixou esse jogo famoso – além da dificuldade – eram os golpes finais dos protagonistas.
Rash podia transformar a perna em uma bola de ferro com espinhos, enquanto Pimple ganhava uma grande botina. As mãos cresciam no golpe final, ou viravam uma barra de concreto e tinha até chifradas. Tudo muito legal.
No total, o jogo contava com nove mapas. O primeiro, uma briga de rua tradicional em meio a um vulcão, com muitos porcos e esqueletos; o segundo, uma descida pelo tronco de uma árvore com insetos e cobras; o terceiro, uma bônus com cenário de cartas e damas; em seguida, o lendário cenário onde os sapos controlam um “jetski voador” entre pedras, buracos e mortes instantâneas que te fazem voltar até o último checkpoint; a quinta fase, uma mapa de mortes instantâneas em espinhos, onde você precisa correr sobre cobras; o sexto, uma perseguição por trilhos sobre um tipo de moto com uma serra ter perseguindo; outro bônus; e, por fim, o castelo de Dark Queen, com ratos prontos para te explodir se forem mais rápidos que você. A nona fase é a luta final contra a vilã – essa parte não é grandes coisas.
A trilha sonora é um destaque a parte. Composta por David Wise, as músicas que embalam o game são marcantes e contribuem ainda mais para a experiência do jogo.
Então, independente da dificuldade vale a pena soprar debaixo do cartucho e revisitar esse clássico. E se tiver um amigo, melhor ainda – jogar em cooperativo aumenta a dificuldade, pois nas fases mais “correrias” a precisão é ainda mais exigida, mas a diversão é garantida.
Curiosidades
Battletoads tem uma série de outros jogos. O primeiro foi lançado para NES, como dito, com versões similares para Amiga CD32 e Mega Drive. O game boy teve uma versão cronologicamente anterior e um port da original.
Battletoads in Battlemaniacs, por sua vez, teve uma versão raríssima lançada apenas no Brasil para Master System, em 1994. A jogabilidade, claro, perde muito em relação ao game do SNes e a dificuldade aumenta consideravelmente.
Existe, ainda, uma versão de arcade (fliperama) chamada de Super Battletoads. “Come fichas”, como era chamada, está disponível para três players – poucos viram essa máquina por aqui – e tem vozes e efeitos sonoros incríveis, além de uma violência acentuada.
Por fim, existe uma versão recente, lançada este ano para Xbox One. Ela é intitulada apenas Battletoads. Está mais caricata, com cara de desenho do Cartoon Network, e parece não ter agradado os fãs antigos.