Dilma: Congresso é que deve falar de denúncia sobre CPI
A presidente Dilma Rousseff comentou nesta segunda-feira (04/08) as representações que o PSDB pretende protocolar…
A presidente Dilma Rousseff comentou nesta segunda-feira (04/08) as representações que o PSDB pretende protocolar para pedir investigação sobre a denúncia de que assessores do Planalto e lideranças do PT nacional combinaram perguntas e respostas antes de depoimentos na CPI da Petrobras. “O PSDB faz as representações que quiser fazer em Brasília”, disse após fazer uma visita de monitoramento a uma Unidade Básica de Saúde, em Guarulhos (SP).
Questionada sobre o que achava das denúncias, a presidente disse apenas que quem deveria responder às denúncias eram os parlamentares. “Essa (denúncia) é uma questão que deve ser respondida pelo Congresso”, disse. Dilma não respondeu se era a favor do afastamento do relator e líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE).
A agenda de Dilma nesta segunda-feira foi fechada de última hora. Houve desencontro de informações e parte da assessoria informou se tratar de uma agenda mista – entre presidencial e de candidata. No entanto, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, afirmou se tratar de uma agenda de campanha.
A presidente veio inclusive acompanhada de uma equipe de TV que fez imagens para o programa eleitoral gratuito. João Santana, responsável pelo marketing, também estava presente.
Depois de conversar com jornalistas, a presidente seguiu em direção à porta do posto de saúde para cumprimentar populares. Ela abraçou mulheres e carregou um bebê. A presidente tem sido criticada pelo candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, por não estar em contato direto com o povo.
A uma mulher que lhe perguntou se a população de Guarulhos ia ficar sem água, Dilma não respondeu diretamente. “Estou acompanhando.”
Apesar da disposição da presidente, que encerrou a coletiva e disse que tinha que abraçar as pessoas, o contato foi bastante tumultuado. Dilma estava cercada por seguranças e houve empurra-empurra. Um rapaz chorando dizia, inclusive, que sua prima havia sido agredida pelos seguranças. O tumulto, no entanto, não impediu que Dilma prosseguisse no contato, principalmente com as crianças.