DEVOLUÇÃO

Dinheiro esquecido: consulta a saldo e resgate serão liberados amanhã

A estimativa é que R$ 8 bilhões serão devolvidos para a população e empresas, sendo R$ 4 bilhões somente nesta primeira fase

(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O Banco Central começa a liberar na segunda-feira (7) a consulta ao valor e aos pedidos de resgate de dinheiro esquecido nos bancos. A estimativa é que R$ 8 bilhões serão devolvidos para a população e empresas, sendo R$ 4 bilhões somente nesta primeira fase.

Até então, o sistema do BC, chamado Valores a Receber (https://valoresareceber.bcb.gov.br/), só informava se a pessoa teria ou não algo a ser retirado, mas não a quantia.

Enquanto o sistema não é liberado, é possível se preparar para ter acesso à conta, se cadastrando no sistema do governo federal Gov.Br (clique aqui e saiba como fazer).

Quando chegar a data, basta seguir o passo a passo. Confira abaixo:

Prazos para retirar dinheiro esquecido nos bancos

Nesta primeira etapa, o BC vai liberar o saldo e o agendamento para aqueles nascidos antes de 1968 ou para empresas criadas antes desta data. O prazo para este grupo se encerra na sexta (11), com repescagem no sábado (12).

Em 14 de março, será a vez dos nascidos entre 1968 e 1983, ou empresas criadas neste período. A repescagem será no sábado seguinte (19).

Por fim, de 21 a 25 de março será a vez dos nascidos após 1983, ou empresas criadas a partir de então. A repescagem será em 26 de março.

Em todos os casos, será preciso ter uma conta nível prata ou ouro do Portal Gov.br.

Quem perder o sábado de repescagem poderá pedir o resgate a partir de 28 de março, independentemente da data de nascimento ou de criação da empresa. O BC esclarece que o cidadão ou empresa que perderem os prazos não precisam se preocupar. O direito a receber os recursos são definitivos e continuarão guardados pelas instituições financeiras até o correntista pedir o saque.

Confira abaixo o passo a passo para a retirada do dinheiro esquecido:

Passo 1

Acessar o site valoresareceber.bcb.gov.br na data e no período de saque informado na primeira consulta.

Quem esqueceu a data pode repetir o processo, sem esperar o dia 7 de março.

Passo 2

Faça login com a conta Gov.br (nível prata ou ouro).

Se o cidadão ainda não tiver conta nesse nível, deve fazer logo o cadastro ou aumentar o nível de segurança (no caso de contas tipo bronze) no site ou no aplicativo Gov.br.

O BC aconselha ao correntista não deixar para criar a conta e ajustar o nível no dia de agendar o resgate.

Passo 3

Leia e aceite o termo de responsabilidade.

Passo 4

Verifique o valor a receber, a instituição que deve devolver o valor e a origem (tipo) do valor a receber. O sistema poderá fornecer informações adicionais, se for o caso.

Passo 5

Clique na opção indicada pelo sistema:

  • “Solicitar por aqui”: para devolução do valor via Pix em até 12 dias úteis. O usuário deverá escolher uma das chaves Pix e informar os dados pessoais e guardar o número de protocolo, caso precise entrar em contato com a instituição.
  • “Solicitar via instituição”: voltado para usuários que não têm Pix. Neste caso, será preciso entrar em contato pelo telefone ou e-mail informado para combinar com a instituição a forma de retirada.

Importante: Na tela de informações dos valores a receber, o cidadão deve consultar os canais de atendimento da instituição clicando no nome dela.

O BC pede que o cidadão fique atento para não cair em golpes: nunca clique em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram, nem faça qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores. Nem o BC, nem os bancos vão te pedir para fornecer dados pessoais, muito menos senhas, para liberar o dinheiro.

Próximas fases

Caso seu saldo esteja zerado, é possível que na próxima fase de liberação de recursos apareçam valores a receber na sua conta. Essa etapa está prevista para maio.

Atualmente a plataforma agrega cinco dados diferentes:

  • Contas corrente ou poupança encerradas com saldo disponível;
  • Tarifas cobradas indevidamente, desde que previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC;
  • Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC;
  • Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários de cooperativas de crédito;
  • Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados;

Nas próximas fases devem ser reunidas mais sete informações:

  • Tarifas cobradas indevidamente, não previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC
  • Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, não previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC
  • Contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível
  • Contas de registro mantidas por sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e por sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários para registro de operações de clientes encerradas com saldo disponível
  • Entidades em liquidação extrajudicial
  • FGC (Fundo Garantidor de Créditos)
  • FGCoop (Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito)

*Com informações da Agência Brasil