Diretor de Horizon Zero Dawn fala sobre atraso e sobre protagonista
"Nós já fizemos heróis masculinos por muito tempo"
O RPG de aventura que mistura natureza com robôs gigantes, Horizon Zero Dawn, foi um dos jogos mais comentados da E3 deste ano e é, de longe, um dos lançamentos mais esperados para o PS4. O Gamespot aproveitou a E3 para conversar com o diretor da Guerrilla Games, Mathijs de Jonge sobre o game. O diretor fez questão de ressaltar que a ideia era fazer algo completamente diferente do que tinham feito antes: a franquia de tiro em primeira pessoa Killzone.
Foi realmente uma grande mudança dos cenários cinza e devastados da antiga franquia para a estranha e verdejante natureza do novo jogo. O game foi adiado para o início do ano que vem, e De Jonge disse que é tudo uma questão de polimento: “Temos um mundo aberto muito grande, muitas missões, várias regiões. Muitas máquinas diferentes. Apenas testar este jogo já consome muito tempo. O atraso veio principalmente porque é um jogo muito grande, com muitos componentes. Somos uma equpe de 200 agora”.
Sobre Aloy, a protagonista do jogo, ele disse que o gênero não foi uma escolha exatamente deliberada, mas natural, na busca do estúdio por se afastar de Killzone: “Criamos esse mundo com robôs, mas com uma pegada de documentário selvagem da BBC e precisávamos de um protagonista que fosse novidade. Nós fizemos protagonistas homens por muito tempo, queríamos algo diferente. Saímos de primeira para terceira pessoa, de FPS para RPG, então nós sentimos que fazer Aloy uma personagem feminina se encaixaria bem”.
Em termos de construção de personagem, de Jonge disse que muito tempo foi dedicado à sua personalidade: “Temos que fazê-la interessante. Ela é curiosa e determinada, quer conhecer o mundo e desvendar seus mistérios. Queremos que o jogador tenha o mesmo sentimento. Você quer conhecer as máquinas, quer encontrar outras tribos, quer descobrir este mundo”.
Os comentários vieram com um ótimo timing pouco depois do presidente da PlayStation Worldwide Studios, Shuhei Yoshida, disse que considerava a escolha de uma protagonista feminina “arriscada”. Para a sorte da Guerrilla, parace que poucos jogadores pensam como Yoshida.