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Divergência de número de membros de grupo anti-Bolsonaro gera polêmica nas redes sociais

Segundo o porta-voz do Facebook, o valor correto é o que aparece para não-membros, ou seja, 670 mil. O 1,2 milhão corresponde ao número total de pessoas adicionadas, mas que ainda estão passando por processo de aprovação pela moderação.

Nesta madrugada, um grupo no Facebook criado para reunir mulheres que são contra Jair Bolsonaro (PSL) -que tem 49% de rejeição pelas mulheres, segundo o Datafolha- teria atingido mais de 1 milhão de integrantes. No entanto, leitores começaram a questionar se o número de membros era verdadeiro.

“Mulheres unidas contra Bolsonaro!!!” foi criado por um conjunto de mulheres que são contra o “avanço e do fortalecimento do machismo, misoginia e outros tipos de preconceitos representados pelo candidato Jair Bolsonaro e seus eleitores”, diz a descrição da página.

As organizadoras dizem que a iniciativa é apartidária e não está alinhada a nenhuma ideologia. No grupo, mulheres discutem política e organizam manifestações. Para quem não é membro do grupo, aparece um valor inferior: eram 670 mil até a publicação da reportagem. Quem já está dentro do grupo, que é fechado, vê que ele possui 1,2 milhão de mulheres.

Segundo o porta-voz do Facebook, o valor correto é o que aparece para não-membros, ou seja, 670 mil. O 1,2 milhão corresponde ao número total de pessoas adicionadas, mas que ainda estão passando por processo de aprovação pela moderação. “O número que as pessoas que estão no grupo enxergam contempla tanto as pessoas que fazem parte quanto as que foram apenas convidadas e não receberam o ‘ok’ das administradoras para participar”, disse o Facebook em nota.

Por ser um grupo fechado, todo membro precisa responder um questionário e ler as regras do grupo para ser aceito por uma das 10 administradoras e 84 moderadoras. Mulheres relatam que estão sendo adicionadas mesmo sem responder o questionário estipulado pelas organizadoras. Outras dizem que, mesmo respondendo algo que não tem a ver com a pergunta, são aceitas.

Com a repercussão, as administradoras criaram uma equipe para responder entrevistas e até a conclusão da reportagem não esclareceram como é a avaliação dos questionários dos novos membros.