Dívidas da prefeitura de Anápolis somam R$ 275 milhões
Prefeito diz que município passa por grande dificuldade financeira e prometeu realizar cortes
O prefeito de Anápolis, Roberto Naves, recebeu a imprensa para uma entrevista coletiva nesta terça-feira (31), no Centro Administrativo, ao completar os primeiros 30 dias de governo. Ao lado do procurador geral do município, Antônio Heli de Oliveira, do secretário de planejamento, Igo dos Santos Nascimento, do funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal, Geraldo Lino e do diretor da receita Robson Torres, o novo chefe do Executivo Municipal disse que as suspeitas, manifestadas durante o período da transição, se confirmaram: a prefeitura passa por uma grande dificuldade financeira.
“Há uma dívida de curto prazo, do ano passado, no valor de R$ 75 milhões e outra, de médio prazo, a ser paga nos próximos quatro anos, no valor de R$ 200 milhões. Teremos que fazer cortes, não para pagar dívidas, mas para tornar a Prefeitura viável”, completou. O relatório financeiro aponta ainda, para um déficit de R$ 6 milhões, nos meses em que não há receita do IPTU, como foi o caso de janeiro.
Soluções
Entre as medidas encontradas pelo prefeito para resolver o problema está a redução de comissionados, que hoje é de 1.230 trabalhadores. “Nós devemos trabalhar com um número de aproximadamente 850, que é, basicamente, um corte de 30%, em relação ao ano anterior”, disse Roberto.
Também foram anunciados cortes em aluguéis de prédios e de máquinas, no mesmo percentual. Já na coleta de lixo e na limpeza urbana, espera-se uma economia de mais de R$ 1 milhão, sem prejudicar a qualidade do serviço, conforme acordo com a empresa responsável. As horas extras dos funcionários públicos municipais serão revistas e as gratificações deverão ser regulamentadas, como medidas de economia.
O prefeito, contudo, descartou qualquer possibilidade de aumento dos Impostos Predial e Territorial Urbano (IPTU/ITU), nesse ano. Ele afirmou que vai ocorrer apenas uma correção, com base na inflação do último período. Durante a entrevista, Roberto Naves ainda revelou que, no próximo ano, haverá um plano de georreferenciamento, visando o aumento da arrecadação, sem sacrificar o contribuinte.