“Dizem que é para eleições e para Copa”, diz comerciante que vende camisas da seleção em Goiânia
Apesar de valores altos que beiram os R$ 350, as lojas estão com estoques esgotados
A procura pela camisa da seleção brasileira por clientes que desejam usá-la nas eleições está no mesmo nível que a procura por quem vai usar durante os jogos do Brasil durante a copa do mundo. É o que afirma os comerciantes e ambulantes da região do Centro e de Campinas, em Goiânia. Em uma loja de artigos esportivos voltada para venda de calçados, as 17 camisas que chegaram para repor estoque no meio do mês de agosto, já não eram encontradas no início de setembro.
“A procura está sendo pelas duas razões, tanto pra copa quanto para política. Semana passada fiz uma venda de quatro camisas para um rapaz que queria para a votação de amanhã e agora a pouco, recebi uma mensagem de um amigo que queria três camisas para a copa do mundo, mas infelizmente eu não estou tendo porque a venda está sendo grande. Até para repor vai vir só as novas que são a preta e a azul, que não tem tanta procura assim”, conta Paulo Ricardo, gerente da loja.
Segundo ele, de duas a três unidades são vendidas de uma só vez e a faixa de preço varia de R$ 89,90 a R$ 349,90.
Além das lojas físicas, a compra da camisa verde e amarela está em alta em lojas virtuais. Em uma pesquisa rápida em sites e aplicativos de vendas, pode-se observar o alerta de “esgotado” é facilmente encontrado nos perfis.
Constata-se então, que, por política ou não, a camisa feita pelo escritor gaúcho Aldyr Schlee para um concurso de um jornal carioca para escolher o novo uniforme da seleção em 1953 vai além da emoção momentânea. É, há décadas, o símbolo de uma nação e até o identificador informal do Brasil pelo mundo.
*Jeice Oliveira compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Alexandre Bittencourt