SAÚDE

Doença da urina preta: três casos são notificados em Santarém, no PA

No Brasil, são investigados casos também no Ceará e na Bahia

Foto: Divulgação Sesab

Neste sábado (11), mais três casos da doença de Haff, conhecida como “doença da urina preta”, foram notificados em Santarém, no Baixo Amazonas, Pará. Além do estado, no Brasil são investigados casos também no Ceará e na Bahia.

Segundo o Hospital Municipal de Santarém (HMS), dos três pacientes com suspeita da doença, um recebeu alta médica e os outros dois ainda estão internados. Todos fizeram o exame para identificar o agente patológico e até o momento aguardam o resultado. Santarém já totaliza quatro notificações de suspeita da doença. A primeiro foi no dia 7 deste mês e o paciente morreu.

Entre os casos notificados, foi detectado o consumo de peixes seguido de sintomas como palpitação e rigidez muscular, boca seca, náusea, vômitos, dor no tórax, mal-estar, falta de ar e febre.

Segundo a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Amazonas, Liane Souza, as investigações dos casos da doença de Haff ainda estão em andamento.

No dia 1º de setembro, a Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas emitiu um comunicado orientando a população a evitar o consumo de peixes como pacu, pirapitinga e tambaqui, de origem de pesca de rios e lagos, por pelo menos quinze dias.

Uma força-tarefa do governo do Amazonas acompanhou a ocorrência de casos no município de Itacoatiara, onde foram coletadas amostras da água dos rios, assim como de peixes contaminados, de frutos que ficam dentro dos rios e servem de alimento para os animais, além de amostras de sangue e de soro dos pacientes com a doença.

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Medidas de controle:

  • Evitar comer pescados crus
  • Não consumir pescados ou crustáceos de origem, transporte ou armazenamento desconhecidos. O ideal é comprar esses produtos em locais cuja procedência ofereça segurança
  • Recomenda-se exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK) e TGO para observação da alteração dos valores normais nos exames
  • Observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta. Neste caso, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 ou 72 horas
  • Não é indicado uso de anti-inflamatórios
  • Orientar a população a buscar uma unidade de saúde no caso de aparecimento dos sintomas
  • Identificar outros indivíduos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo para captação de possíveis novos casos da doença
  • Recomenda-se coleta de amostras de alimentos para o setor de microbiologia de alimentos

*Com informações da CNN