O dólar comercial teve a terceira alta seguida nesta sexta-feira (30), com avanço de 2,96%, cotado a R$ 2,689 na venda. É a maior alta percentual diária desde 21 de setembro de 2011, quando a moeda norte-americana subiu 3,75%. É também o maior valor de fechamento desde o dia 7 deste mês, quando o dólar valia R$ 2,704 na venda.
Na sessão anterior, a moeda norte-americana havia subido 1,37%. Com isso, o dólar acumulou alta de 3,88% na semana. A moeda encerra o mês com ganho de 1,15%, mesma variação que acumula no ano. Até a sessão anterior, o dólar acumulava queda de 1,75% no mês. A alta de hoje fez com que a perda fosse anulada.
Investidores reagiram a declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, indicando que não há intenção do governo de manter a moeda brasileira valorizada artificialmente.
Após a declaração dada durante palestra a empresários e investidores nesta manhã, a assessoria do ministro procurou a imprensa para afirmar que Levy estava falando sobre o câmbio no mundo.
“O governo está revertendo medidas de intervenção em vários campos. Se o Levy menciona o dólar, dá a entender que o governo também vai ser mais passivo em relação ao câmbio”, disse mais cedo o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho, à agência de notícias Reuters.