Alta

Dólar sobe para R$ 5,27, influenciado pelo mercado externo

Bolsa de valores tem terceira alta seguida e ganha 0,46%

Foto: Marcello Casal Jr - Agência Brasil

Um dia após uma queda expressiva, o dólar voltou a subir nesta quarta-feira (19), influenciado pelo mercado internacional. A bolsa de valores subiu pela terceira vez seguida, recuperando parte das quedas acumuladas na semana passada.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,274, com alta de R$ 0,02 (+0,37%). A cotação teve um dia volátil. Chegou a R$ 5,30 por volta das 9h30, caiu para R$ 5,25 duas horas depois e manteve-se ao redor de R$ 5,29 durante a tarde, até desacelerar perto do fim da sessão.

Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana acumula queda de 2,24% em outubro. No ano, a divisa cai 5,42%.

No mercado de ações, o dia também foi marcado por oscilações. Após alternar altas e baixas, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 116.274 pontos, com alta de 0,46%. O indicador descolou-se das bolsas norte-americanas, que caíram hoje, beneficiado pelas ações da Petrobras, os papéis mais negociados.

As ações ordinárias (com voto em assembleia de acionistas) da Petrobras subiram 3,71%. Os papéis preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) valorizaram-se 3,54%. As ações da estatal subiram por causa da alta do petróleo no mercado internacional. O barril do tipo Brent subiu 2,6%, sendo cotado a US$ 92,41.

Vários fatores contribuíram para o pessimismo no mercado internacional, após a trégua de ontem (18). No Reino Unido, a inflação em setembro atingiu 10,1% em ritmo anualizado, o maior nível em 40 anos. Na zona do euro, a inflação desacelerou para 9,9% (também em números anualizados) em relação a agosto, mas continua recorde para meses de setembro.

Nos Estados Unidos, voltaram os temores de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) mantenha os juros altos mais tempo que o previsto. O rendimento dos títulos do Tesouro americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo, subiram hoje. Taxas altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.