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O dólar fechou em alta pela terceira sessão seguida nesta quinta-feira, 19, acompanhando o avanço registrado ante outras moedas no exterior, como resultado das incertezas sobre as negociações da dívida grega.
Movimentos especulativos e o giro baixo nesta semana encurtada pelo feriado de carnaval contribuíram para alta da moeda, segundo profissionais do mercado.
No fim dos negócios, o dólar à vista subiu 0,74%, para R$ 2,8650.
O volume de negócios totalizou US$ 859,8 milhões, perto das 16h30. O dólar para março avançou 1,02%, R$ 2,8720.
O dólar abriu a sessão oscilando ente perdas e ganhos, mas se firmou em alta e bateu máximas já na primeira hora de negócios, ajudado pela saída de recursos de cerca de US$ 50 milhões que seriam da Petrobras, disse uma fonte.
O avanço do dólar no exterior ante o euro acabou favorecendo de desempenho da moeda dos EUA ante outras divisas como o real.
O euro foi pressionado pelas tensões entre a Grécia e outros países da zona do euro.
No início da sessão, o governo grego disse que apresentou formalmente um pedido para estender em seis meses seu acordo de crédito.
O novo governo de Atenas, liderado pelo Syriza, está tentando firmar um pacto de financiamento de curto prazo com seus credores europeus antes que o atual programa de resgate, de 240 bilhões de euros (US$ 273 bilhões), vença no fim deste mês.
Ao pedir a prorrogação temporária, a Grécia espera ganhar tempo para firmar um novo acordo de resgate de longo prazo para cobrir os quatro anos seguintes, que não inclua muitas medidas de austeridade.
A notícia impulsionou a alta das bolsas internacionais e dos juros dos Treasuries.
Mas o movimento perdeu força mais tarde, depois de a Alemanha rejeitar o pedido, afirmando que ele “não atende aos critérios determinados pelo Eurogrupo na segunda-feira”.
As incertezas sobre as negociações na Europa, somadas à cautela diante da queda do petróleo e do cobre desde cedo, ajudaram o dólar a renovar máximas no fim da manhã.
A moeda voltou a bater máximas sucessivas à tarde tanto no mercado à vista quanto no futuro, com profissionais do mercado citando que o giro baixo estava amplificando os movimentos da moeda norte-americana.
Segundo eles, um fator especulativo também contribuiu para que o real registrasse uma desvalorização maior ante o dólar, em comparação com outras moedas de países emergentes e ligadas a commodities.