O doleiro Alberto Youssef afirmou à Justiça Eleitoral que um emissário da campanha da presidente Dilma Rousseff o procurou no ano passado para trazer de volta ao País cerca de R$ 20 milhões depositados no exterior. O doleiro disse ainda que foi procurado no início do ano e não executou a operação porque foi preso na Operação Lava Jato, em março. As informações foram publicadas pelo jornal o Folha de S.Paulo.
O depoimento foi dado em 9 de junho deste ano e foi tomado no âmbito de uma ação movida pelo PMDB contra Dilma no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 2014. A ação foi apresentada após o fim da campanha presidencial e pede cassação da chapa da petista por abuso de poder econômico e político.
De acordo com o jornal, o doleiro não identifica a pessoa que o teria procurado para pedir ajuda, além de deixar claro que não participou da campanha da presidente – ele afirmou apenas que a pessoas chamava Felipe. Youssef disse que Felipe não pertencia ao seu círculo de amizade.
O jornal afirma que Youssef respondeu “sim” quando questionado se o dinheiro era destinado à campanha da presidente Dilma Rousseff, mas ressaltou que a operação não aconteceu.
Ao jornal o Ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou que Youssef deixou claro que não participou da campanha de Dilma à reeleição. O ministro foi tesoureiro da campanha da petista.