Doméstica baleada por delegado no DF é extubada e volta a se comunicar
Ainda não há informações se a vítima se lembra do ocorrido ou dos detalhes do crime

A empregada doméstica Oscelina Moura Neves de Oliveira, 44 anos, baleada pelo delegado Mikhail Rocha e Menezes (46 anos) no dia 16 de janeiro deste ano, no Distrito Federal, continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base, mas apresenta sinais de recuperação. Extubada no último sábado (25), Oscelina já conversa sem dificuldades e não necessita mais do uso de sonda.
Segundo o esposo, Davi Roque Ribeiro, a evolução no quadro de saúde é animadora. A permanência de acompanhantes na UTI foi liberada pela equipe médica, o que trouxe alívio à família. Apesar da melhora, Oscelina segue sob cuidados intensivos para tratar os órgãos atingidos pelo disparo.
Ainda não se sabe se a vítima se lembra do ocorrido ou dos detalhes do crime. O caso gerou grande repercussão e segue sendo investigado pelas autoridades, que ainda não determinaram a motivação dos disparos.
Impossibilitada de trabalhar, a família enfrenta dificuldades financeiras. Oscelina não tinha registro formal de trabalho, o que impede o acesso a benefícios trabalhistas. Enquanto acompanha a recuperação da esposa e o cuidado dos filhos, Davi também está afastado de suas atividades profissionais.
Para auxiliar nos custos de tratamento, medicamentos e despesas básicas, os familiares iniciaram uma campanha de arrecadação. As doações podem ser feitas via PIX no nome de Davi Roque Ribeiro (CPF 640.532.705-10).
O crime
O delegado da Polícia Civil do Distrito Federal, Mikhail Rocha, de 46 anos, foi preso após atirar na esposa, Andréa Rodrigues Machado e Menezes, de 40 anos, e na empregada doméstica, Oscelina Moura Neves de Oliveira, de 45 anos, no dia 16 de janeiro, no condomínio Santa Mônica, no Jardim Botânico. Durante o ataque, o filho do casal, de 7 anos, ficou ferido. Ao levar o filho ao Hospital Brasília, no Lago Sul, o delegado atirou em uma enfermeira, Priscila Pessoa Rodrigues, de 45 anos.
Após cometer o crime no hospital, o delegado Mikhail fugiu com o filho, mas foi localizado e preso pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) no Lago Sul, sendo encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil. Lotado na 30ª Delegacia de Polícia de São Sebastião (DF), Mikhail teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva durante audiência de custódia.
Detido ainda no dia do crime, ele foi levado para a Ala Psiquiátrica do Hospital de Base (HBDF), onde permanece internado. No momento da prisão, Mikhail portava duas armas de fogo: uma Glock 9 mm, de uso corporativo, e uma Taurus .40, de uso particular, ambas apreendidas no flagrante.