Dona do Burger King anuncia compra da rede Starbucks no Brasil por R$ 120 mi
Contrato foi firmado com o grupo SouthRock, operador das lojas da cafeteria e em recuperação judicial desde o final do ano passado
(Folhapress) A Zamp, dona do Burger King e do Popeyes no Brasil, anunciou a compra da rede de operações do Starbucks por R$ 120 milhões nesta quinta-feira (6), de acordo com fato relevante enviado à CVM (Comissão de Valores Imobiliários).
O contrato foi firmado com o grupo SouthRock, operador das lojas da cafeteria norte-americana no Brasil e em recuperação judicial desde o final do ano passado.
As negociações, de acordo com o fato relevante, vinham acontecendo desde 21 de fevereiro. O preço-base de R$ 120 milhões está sujeito a “ajustes para refletir, dentre outros, a quantidade de lojas efetivamente adquirida, bem como o nível de estoque na data do fechamento”;
A SouthRock opera cerca de 140 lojas da rede de cafeterias, e, desde o início da recuperação judicial e o anúncio de dívidas de quase R$ 2 bilhões, mais de 50 unidades foram fechadas no Brasil.
Em posicionamento oficial, a Zamp afirmou que a efetivação do negócio ainda “depende da análise e da autorização do Judiciário, que transita o processo de recuperação judicial da operadora da rede de cafeterias no Brasil”.
Além disso, é preciso aguardar a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a assinatura definitiva da Starbucks Corporation, com quem a dona do Burger King chegou a um acordo quanto a “termos e condições dos principais contratos que deverão ser celebrados para a exploração da marca e desenvolvimento das operações Starbucks no território brasileiro”.
A Zamp ainda afirmou que, em função da recuperação judicial da SouthRock, vai comprar a operação em um processo competitivo de propostas fechadas e poderá cobrir ou igualar eventuais ofertas de outros interessados nas cafeterias norte-americanas.
Essa posição, chamada de “stalking horse bidder” no jargão corporativo em inglês, também vem associada a um direito de indenização (“break up fee”) caso a SouthRock decida vender as operações para outra empresa.