Doria diz que vacina poderá estar disponível em janeiro
O governador de São Paulo, João Doria, afirmou nesta segunda-feira que o estado deverá começar…
O governador de São Paulo, João Doria, afirmou nesta segunda-feira que o estado deverá começar a vacinar contra o novo coronavírus em janeiro se os testes forem bem-sucedidos. Ele referiu-se à vacina que está sendo testada em parceria com um laboratório chinês e o Instituto Butantan.
— Já no final do ano, não havendo intercorrências nos testes, poderemos iniciar a produção em dezembro e fazer a vacinação em janeiro não apenas em São Paulo como no país — afirmou Doria.
Em entrevista à Época há duas semanas, Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, explicou que os testes com a vacina estão na fase três, quando serão vacinados 9 mil voluntários. “A partir daí, passamos para a fase de acompanhamento, que significa avaliar periodicamente os dados da eficácia da vacina. Essa fase deve ocorrer ainda este ano. Estamos otimistas em relação ao prazo. Seria muito oportuno encerrar essa etapa até o final deste ano. E, no início do próximo ano, a vacina começaria a ser distribuída”, disse Dimas Covas, na ocasião.
Inicialmente o governo projetou para maio ou junho uma vacinação. Doria explicou que uma antecipação disso deve-se a uma evolução “positiva” dos testes numa rapidez acima do esperado.
– As informações foram se sucedendo positivamente, aumentando, portanto, a convicção de que já ao final deste ano podemos iniciar a produção – disse.
O secretário da Saúde destacou o empenho de autoridades na liberação o quanto antes de uma vacina, caso se mostre eficaz nos testes.
– Como estamos no meio de uma pandemia nada mais justo que as autoridades sanitárias promovessem emergencialmente a regulação – explicou o médico Jean Gorinchteyn.
SP inicia nesta segunda o oitavo período de quarentena com 487.654 casos de Covid-19 e 21.676 mortes.
Reavaliação
O governo paulista confirmou nesta tarde uma mudança nos critérios de classificação dos municípios para o plano São Paulo de reabertura econômica. O governo chamou a alteração de “ajuste” a uma “nova situação” da pandemia no estado.
O governo reduziu a exigência sobre a taxa de ocupação de leitos para os municípios evoluíram no plano de flexibilização da quarentena.
A explicação dada pela equipe da Saúde é que com a ampliação da oferta de leitos durante a pandemia há hoje muitos deles ociosos e não podendo ser usados para o atendimento de pacientes de outras doenças. Com a medida, o governo busca liberar leitos para outros atendimentos.
– Estamos fazendo uma calibragem técnica para adequar à realidade atual – disse Doria.
Nos últimos 15 dias, o estado registrou uma queda de 4% nos óbitos pelo coronavirus. Na capital paulista a taxa foi de 27%. Já o interior segue em tendência oposta. Nessa região do estado houve aumento de 16% nas mortes no mesmo período.