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Doria pede grandeza a Bolsonaro após ele dizer que não compraria vacina chinesa

“A nossa guerra não é eleitoral. É contra a pandemia. Não podemos ficar uns contra os outros. Vamos trabalhar unidos para vencer o vírus. E salvar os brasileiros”

Doria pede grandeza de Bolsonaro após ele dizer que não compraria vacina chinesa

O Ministério da Saúde anunciou a intenção de adquirir 46 milhões de doses da Coronavac, vacina candidata contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac Biotech testada no Brasil pelo Instituto Butantan, na quarta (24). Menos de um dia depois, Bolsonaro disse que não compraria, via redes sociais. Na mesma plataforma, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tentou amenizar a situação e pediu “grandeza” ao presidente.

“Peço ao presidente Jair Bolsonaro que tenha grandeza. E lidere o Brasil para a saúde, a vida e a retomada de empregos. A nossa guerra não é eleitoral. É contra a pandemia. Não podemos ficar uns contra os outros. Vamos trabalhar unidos para vencer o vírus. E salvar os brasileiros”, escreveu.

O anúncio do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi criticado por apoiadores de Bolsonaro. Destaca-se, contudo, que trata-se de uma intenção, a partir de janeiro, e a compra só ocorreria após a vacina receber um registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Esta vacina, que é desenvolvida pelo laboratório chinês, tem recebido críticas de apoiadores do governo. Eles a relacionam com o regime comunista.

Além disso, o medicamento é produzido no Brasil em parceria com São Paulo, do governador João Doria, com quem Bolsonaro não tem mais um bom relacionamento. A crise entre eles foi gerada, principalmente, pela pandemia do novo coronavírus.

O presidente disse, ainda, que que o “povo brasileiro não será cobaia” e não “se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem”.