Tragédia

Doze pessoas morrem eletrocutadas em acampamento do MST em Parauapebas, no Pará

As pessoas teriam morrido após uma antena esbarrar em um cabo de alta tensão, durante a instalação de serviço de acesso de internet no local

Ao menos 12 pessoas morreram eletrocutadas no acampamento Terra e Liberdade, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na região de Palmares II, no município de Parauapebas, sudeste do Pará. O caso aconteceu na noite de sábado (9).

Em nota, o MST informou que até o momento estão confirmados 12 óbitos. “Nove pessoas que estavam acampadas foram atingidas pela descarga de energia e pelo incêndio e 03 trabalhadores da empresa de internet”, disse o MST.

As pessoas teriam morrido após uma antena esbarrar em um cabo de alta tensão, durante a instalação de serviço de acesso de internet no local.

Em razão disso, ocorreu um incêndio, que dificultou a remoção dos corpos e socorro de outras pessoas que ficaram feridas no acidente. Técnicos da Polícia Científica buscam reconhecer os corpos.

“O Acampamento Terra e Liberdade, em Parauapebas, sudeste do estado, sofreu na noite de ontem (09/12) uma tragédia devido a uma ação provocada no momento de instalação da fiação de internet pela empresa G5 Internet. As famílias organizada no acampamento Terra e Liberdade chegaram a falar com funcionários da empresa, alertando as condições em que estavam realizando o trabalho e sobre ao horário avançado para realizar tal procedimento, porém os operadores seguiram com a instalação. Por volta das 20h, houve um erro na operação e uma antena tocou a rede de alta tensão, ocasionando a morte imediata dos trabalhadores”, informou o MST em nota.

No comunicado, o MST disse que está em luta e em luto. “Neste momento de consternação, nos solidarizamos em especial com as famílias dos mártires da tragédia. As famílias do acampamento Terra e Liberdade seguem mobilizadas e em luta e convocam para uma grande ação de solidariedade, às 16h no acampamento. Todo apoio às famílias que seguem na permanência da luta pela terra e melhores condições dignas de vida no campo”.

(Com informações do jornal O Liberal)