Dr. Rey diz ter convite da Marinha americana e estuda deixar o país: ‘O Brasil não me quis’
Filho de um americano e de uma brasileira, Roberto Miguel Rey Júnior nasceu em São…
Filho de um americano e de uma brasileira, Roberto Miguel Rey Júnior nasceu em São Paulo, em 1961, mas imigrou para os Estados Unidos aos 12 anos. Lá cursou Medicina e virou o Dr. Rey, cirurgião plástico obcecado por clientes célebres e pela própria fama. Para a TV foi um pulo, como o midiático Dr. Hollywood em realities sobre procedimentos cirúrgicos. Outro pulo, para a política, aconteceu em 2014, quando se candidatou a deputado federal pelo PSC. Não conseguiu. Nessa época, ele conta, conheceu Jair Bolsonaro, que o sotaque faz soar “Bolsonário”. Na semana passada, cheio de vontade de fazer o Brasil renascer, “como um pássaro fênix que está saindo das cinzas da esquerda”, Rey partiu rumo à casa de Bolsonaro, na Barra da Tijuca. Tinha um botton com a bandeira do Brasil na lapela e duas ideias na cabeça: um cargo de embaixador (”são 220 países!”) ou o posto de ministro da Saúde. Problemas na agenda teriam melado o encontro. A repercussão da não-reunião magoaram Rey. A ponto de ele estar pensando em aceitar o convite que diz ter recebido da Marinha americana para ser capitão cirurgião:
– O Brasil escolhe modelos pornôs, palhaços e funkeiros para seus deputados. Fiz o máximo possível. Até me humilhei para participar dessa reconstrução, mas o Brasil não me quis. E não tem problema. Eu vou servir à nação que me adotou. A Marinha de guerra americana está pedindo de joelhos para que eu entre como capitão cirurgião. E eu vou escolher as forças de elite americanas. Tenho até dia 31 de dezembro para decidir. Eu quero pagar em combate o agradecimento que eu tenho pelos Estados Unidos. Mas eu irei com uma lágrima no olho.
Dr. Rey não conseguiu ser recebido, não virou embaixador, não foi nomeado ministro, mas sua decepção atualmente é com o país. E não com a “incrível família Bolsonária”:
– Não fui só eu que não tive a oportunidade de fazer uma reunião com o presidente. Reunião que, alías, já foi remarcada. Chegou o embaixador da Alemanha, o embaixador da Argentina… E, você sabe, as coisas não estão muito bem com a Argentina…
Rey apresenta como credenciais aos postos que almeja o “curso de Economia, Ciências Políticas e Cirurgia na Harvard”.
– Nós já somos embaixadores lá fora. Eu, Gisele Bündchen, Vitor Belfort, os Gracie, Fittipaldi, Pelé, Neymar… Por que não ser embaixador na Suíça ou nos Estados Unidos, onde eu já tenho clínicas? Não faz sentido, o Rey, formado na Harvard, ser embaixador nos Estados Unidos? – questiona-se o médico, muitas vezes em terceira pessoa.
Propostas ‘sutis e radicais’
Sobre a pasta da Saúde, ele garante ter várias propostas. “Sutis e radicais”, define. Para mostrar como está inteirado no assunto, mostra as dependências de uma de suas clínicas, em Miami, pela câmera do celular:
– Qual pessoa melhor para trazer o sistema de Saúde do Primeiro Mundo para o Brasil do que o Rey? Mas me parece que o Brasil não está interessado. E eu não preciso voltar para o Brasil para ser humilhado. Não preciso de dinheiro brasileiro. Eu tive muito sucesso em todos os continentes. Oceania, Austrália, todos os países da África, todos os países europeus, toda a Ásia.. Faz um Google! Eu sou um dos médicos mais ricos do mundo.
A vontade de ajudar, segundo ele, vem do “patriotismo louco” que aprendeu nos Estados Unidos e da maturidade:
– Estou numa era da minha vida que eu quero prestar serviço à minha nação. Porque os mórmons me ensinaram: Deus, família, nação. E brasileiro não entende o que é patriotismo.