Caminhar e conversar com as pessoas pela cidade de Goiânia. Essa é a tática adotada pelo vereador e candidato a prefeito Djalma Araújo (Rede) nove dias antes da votação do primeiro turno das eleições, em 2 de outubro. “Vemos mais uma vez o poder econômico decidindo as eleições, as doações de donos de grandes imobiliárias”, declara.
Para o prefeitável da Rede, o resultado das pesquisas de intenções de votos, que apontam Djalma como o sexto colocado na preferência do eleitor, evidencia que os nomes mais conhecidos e que têm mais tempo de TV acabam por liderar esses levantamentos. “Mas o eleitor muda de humor e decide seu voto na hora da votação”, considera o candidato.
Sobre uma possível tática de disputar a eleição para prefeito com interesse em se divulgar para ser candidato a deputado estadual em 2018, Djalma nega essa intenção e diz que tudo não passou de uma interpretação de algo que ele não havia afirmado. “Meu projeto é fortalecer a Rede, que é um partido novo, e disputar o cargo de prefeito novamente se for preciso.”
O candidato da Rede diz que deseja ser prefeito para fortalecer a prefeitura e ampliar a participação da sociedade nas decisões da prefeitura. “Precisamos implantar o orçamento participativo para discutir com a população o uso dos recursos de Goiânia”, defende.
Para Djalma, a prefeitura precisa passar por uma auditoria para verificar os desperdícios de recursos. “Tenho coragem de romper os contratos com OSs (Organizações Sociais) e terceirizados que comprometem 36% do orçamento, o que geraria uma economia de R$ 48 milhões.”
Ele ainda afirma que é preciso concluir as obras da saúde de imediato, realizar um concurso público para o setor com oferta de melhores salários aos servidores. “Mas é preciso observar que hoje a prefeitura só tem capacidade para utilizar 2% do seu orçamento para realizar licitações”, alerta. Djalma defende uma administração com responsabilidade.
De acordo com o candidato da Rede, a campanha dele tem levado uma mensagem de otimismo com os pés no chão. “Não diria que sou uma pessoa otimista nem pessimista, sou um cara esperançoso. Eu acredito na capacidade que tenho de fazer uma boa gestão.”
Se ficar de fora
Djalma avalia que se a opção do eleitor for por outros candidatos e ele não conseguir chegar ao segundo turno ou vencer as eleições, passará a utilizar de instrumentos participativos, como as redes sociais na internet para mobilização social. “Vou criar um observatório para fiscalizar as contas públicas, a gestão da prefeitura, que pode ser por meio de uma ONG (Organização Não Governamental)”, explica.