A economia brasileira não teve um bom desempenho no 2º trimestre, tendo apresentado queda, segundo a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), medida pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). De acordo com dados do Banco Central, houve retração de 1,20% do PIB no 2º trimestre em relação aos três meses anteriores.
Em junho, a desaceleração da economia brasileira se acentuou. A prévia do PIB apontou queda de 1,48% da atividade econômica em junho ante maio, nos dados com ajuste sazonal. Em maio, IBC-Br, havia recuado 0,18%, mas o dado foi revisado pelo Banco Central para queda de 0,80%, indicando que a economia está mais fraca do que se pensava inicialmente.
De acordo com dados do BC, o número passou de 145,59 pontos em maio, na série dessazonalizada, para 143,43 pontos em junho. Com isso, o IBC-Br atingiu o menor nível na série dessazonalizada desde outubro de 2012, quando estava estava em 143,20. A diferença é que, naquela ocasião, o IBC-Br vinha em trajetória de alta e, agora, o indicador está direcionado para baixo. A redução do índice, ainda pela série com ajuste, vem ocorrendo desde o início do ano.
O resultado do IBC-Br em junho ficou praticamente em linha com a mediana das projeções dos analistas (-1,50%), dentro do intervalo das estimativas (-0,10% a -2.30%). A queda foi a maior desde maio do ano passado, quando a economia recuou 1,68%. Neste ano, pela mesma série, o único mês a registrar alta na margem foi janeiro (1,06%).
No primeiro semestre, a economia cresceu apenas 0,13%, apontou o Banco Central. Nos 12 meses encerrados em junho de 2014, o crescimento foi de 1,50% na série sem ajuste. Na comparação entre os meses de junho de 2014 e de 2013, houve retração de 2,15% também na série sem ajustes sazonais.
O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Entre os componentes do indicador estão a Pesquisa Industrial Mensal e a Pesquisa Mensal de Comércio, que registraram quedas no mês de junho ante maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No próximo dia 29, o IBGE divulgará o resultado das Contas Nacionais do segundo trimestre do ano.
Revisões. Além da queda mais forte do que foi medido em maio, os dados de abril e março também foram revisados. Em abril, o IBC-Br caiu 0,01%, ao contrário do que havia sido divulgado de alta de 0,05%. Em fevereiro, houve queda de 0,24%, dado diferente da alta de 0,04% inicialmente anunciada.
(Com Agência Estado)