ROTEIRO DE NOVELA

Amigas de trabalho descobrem que são irmãs biológicas no EUA

A história das duas se cruzaram quando começaram a trabalhar e a certeza veio com o exame de DNA

Amigas de trabalho descobrem que são irmãs biológicas no EUA (Foto: reprodução/Youtube)

Imagine você descobrir que a sua amiga de trabalho é, na verdade, sua irmã biológica. Parece roteiro de novela, mas aconteceu em Connecticut, nos Estados Unidos. Julia Tinnetti, de 31 anos, e Cassandra Madison, de 32 anos, tiveram a confirmação do parentesco através de um exame de DNA.

As duas se conheceram em 2013, em um restaurante localizado no estado americano. As semelhanças nas histórias delas fizeram com que se aproximassem. Ambas foram adotadas na República Dominicana ainda quando bebês, tinham tatuagens da bandeira do país de nascimento e eram muito parecidas fisicamente, tanto que eram confundidas quase diariamente pelos colegas de trabalho.

A bandeira no corpo de cada uma fez com que elas se comunicassem pela primeira vez. Logo depois, tornaram-se amigas rapidamente.  “Nós nos demos bem imediatamente. Não havia como forçar uma amizade ou qualquer coisa. Nossas personalidades são muito semelhantes, então foi muito fácil simplesmente começar a sair juntas”, disse Julia à CNN americana.

Com isso, elas começaram a usar roupas idênticas, o que fez aumentar ainda mais os comentários de que elas eram parecidas. “Teve um evento em que nos vestimos da mesma forma. Nossas meias combinavam, nossos tênis combinavam, nossos óculos combinavam, nossos shorts eram pretos. Ela [Cassandra] fez camisetas regatas para nós duas, as quais diziam que ela era a irmã mais velha e eu era a pequena irmã “, contou Cassandra.

Os comentários levantaram dúvidas entre elas, que começaram a examinar os papéis da adoção para ver se poderiam ser irmãs. Mas os formulários traziam que elas tinham mães diferentes e moravam a horas de distância uma da outra.

“Então dissemos: ‘OK, não importa, esqueça’, e simplesmente seguimos em frente com nossas vidas”, disse Cassandra. “Mas ainda brincávamos com o fato de sermos irmãs, embora soubéssemos que não éramos. Bem, pensávamos que não éramos.”

Cassandra se mudou para Virginia Beach, em 2015, e a dupla manteve contato pelo Facebook. Ela cresceu sabendo que seus pais biológicos a tinha enviado para adoção porque não podiam cuidar dela. Ela sempre quis conhecê-los e, em 2018, sua mãe adotiva lhe deu um kit de teste de DNA no Natal.

Sete irmãs

Cassandra conheceu uma prima que morava em Connecticut e que conhecia seu pai. A mãe biológica morreu em 2015. Mesmo assim, a jovem retornou à República Dominicana para fazer o primeiro contato com o pai e demais familiares. Eles a receberam no aeroporto vestindo camisas com sua foto. Outras sete crianças estavam no local.

Madison e Tinneti se reconectaram no ano passado e perceberam que algo parecia errado na papelada de adoção. A melhor amiga de Tinetti, Molly, foi adotada na República Dominicana no mesmo dia e suas mães mantiveram contato ao longo dos anos. Os papéis de adoção de Molly diziam que ela e Madison tiveram as mesmas mães, mas os resultados mostraram que eram primas distantes.

Cassandra conversou com o pai sobre isso e ele a revelou que eles haviam dado outra filha para adoção. “E eu fico tipo, ‘por que você não me contou isso?’ E ele disse ‘sinto muito. Foi um momento muito difícil em nossas vidas e sua mãe e eu, não gostamos de falar sobre isso'”, reforça.

Ela dirigiu da Virgínia a Connecticut para pedir a Tinetti que fizesse um teste de DNA. Tinnetti concordou mesmo nunca tivesse o interesse em aprender sobre sua família biológica.

“Eu tive uma ótima família enquanto crescia, recebi uma boa educação e não sentia que estava perdendo nada na minha vida”, disse Tinetti. “Fiquei feliz com a vida que tive. Não senti necessidade de fazer isso”.

Confirmação

No final de janeiro, Tinetti recebeu os resultados dos exames. “Eu estava tipo, ‘é isso,’ e esperei provavelmente uns 10 minutos antes mesmo de abri-lo, porque estava tentando me preparar para o que estaria lá”, disse.

O teste deu positivo. Ambas as mulheres disseram que tentaram não criar expectativa, mas confessaram que ficariam arrasadas se não tivesse revelado que eram irmãs biológicas.

Madison disse que fala com seu pai e irmãos todos os dias  através de videochamadas e que ela e Tinetti continuaram de onde pararam. Tinetti ressalta que quer ir à República Dominicana para conhecê-los pessoalmente.

Ela classifica como “muito chocante” vê-los porque eles se parecem muito. “Foi como me ver nessas pessoas”, disse ela. “É como, ‘ok, bem, agora eu sei de onde vim’, você sabe o que quero dizer? Sempre foi um mistério para mim.”

*Com informações da CNN Internacional