Arrecadação federal soma R$ 105,7 bilhões em março
A arrecadação de tributos e outras receitas do governo registrou o quinto aumento consecutivo em…
A arrecadação de tributos e outras receitas do governo registrou o quinto aumento consecutivo em março. Os dados foram divulgados pela Receita Federal nesta terça-feira (24). A soma da arrecadação federal no mês passado foi de R$ 105,7 bilhões, uma alta de 3,95% acima da inflação, na comparação com o mesmo mês de 2017.
No acumulado dos três primeiros meses do ano, o resultado soma R$ 366,4 bilhões, o que representa um aumento de 8,42% na comparação com o primeiro trimestre de 2017.
De acordo com os dados Receita, o resultado foi o melhor para meses de março desde 2015.
O aumento real registrado em março, contudo, foi inferior ao ritmo de alta dos meses anteriores. Em fevereiro e em janeiro, na comparação com iguais meses de 2017, o crescimento superou os 10%.
O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, afirmou que essa diferença se deve à “mudança no patamar do ritmo de crescimento”.
Além do movimento de recuperação da economia, o desempenho da arrecadação no mês é explicado pelas receitas chamadas atípicas. “Em março, a arrecadação foi determinada principalmente pelo desempenho da atividade econômica, alinhado a fatores não recorrentes”, disse Malaquias.
O recolhimento relativo ao Refis (programa de regularização de dívidas tributárias) foi de R$ 1,07 bilhão no mês passado, mais de duas vezes acima dos R$ 400 milhões arrecadados em março de 2017.
O aumento de tributo sobre combustíveis também explica o aumento na arrecadação. A arrecadação de PIS/Cofins sobre combustível somou R$ 2,3 bilhões no mês passado, quase 90% maior que os R$ 1,2 bilhão recolhidos em igual mês de 2017.
Sem os impactos de efeitos como o Refis e o aumento do tributo sobre combustíveis, ainda haveria um crescimento real de 2,16% na arrecadação, de acordo com a Receita Federal.
A receita previdenciária caiu 0,53% no mês passado e somou R$ 31,8 bilhões, apesar do aumento das vagas de emprego, registrado pelo Ministério do Trabalho. O que pode explicar esse movimento, segundo Malaquias, é a queda real da massa salarial.
No acumulado de janeiro a março, contudo, a receita previdenciária apresenta aumento de 2,6%.