Assembleia da Embraer aprova operação que permite reintegração de aviação comercial
Reincorporação das atividades terá eficácia a partir de janeiro de 2022
A Embraer informou nesta terça-feira (30) que assembleia de acionistas aprovou transação que permite à companhia voltar a desenvolver os negócios em aviação comercial diretamente, revertendo uma operação que havia sido montada por ocasião do avanço da Boeing sobre a companhia.
A reincorporação das atividades de aviação comercial na Embraer terá eficácia a partir de janeiro do próximo ano, afirmou a fabricante brasileira de aviões em comunicado ao mercado.
A divisão de aviação comercial, principal geradora de caixa da companhia, seria vendida em 2019 para a Boeing com aval do governo do presidente Jair Bolsonaro, cujos representantes na época afirmavam que a empresa teria dificuldades em desenvolver seus negócios no futuro caso continuasse independente.
A Boeing, porém, desistiu no ano passado do negócio em que ficaria com o controle da divisão de aviação comercial por US$ 4,2 bilhões (R$ 23,6 bilhões, na cotação atual), abrindo uma batalha judicial com a Embraer, que afirmou que a empresa norte-americana rescindiu contrato indevidamente.