Barbearia: da periferia para endereços nobres
Os homens não estão mais no segmento de beleza apenas como profissionais, mas também como…
Os homens não estão mais no segmento de beleza apenas como profissionais, mas também como consumidores e é crescente a oferta de produtos e serviços para eles, principalmente após o boom das barbearias.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anualmente são movimentados cerca de R$ 15 bilhões no setor de cosméticos, dos quais 37% são de produtos para homens. O mercado de beleza brasileiro, antes dominado por consumidoras, agora divide cada vez mais espaço com os homens, mantendo o Brasil entre os três maiores consumidores do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e Japão.
Diante disso, a Fegobel+ 2017 dedica um palco exclusivo para barbearia, um dos nichos do mercado de beleza que mais cresce, e onde serão realizadas demonstrações constantes, cursos, workshops e, no dia 20 de junho a partir das 13h, a primeira edição da Batalha de Barbeiros no Centro-Oeste, que vai escolher o melhor profissional da região.
“Por causa do boom de barbearias que Goiânia vive, nós quisemos trazer mais um nome de referência para apresentar ao nosso mercado o que há de referência na barbearia artística”, afirma Marcelino Vitor Lucena, presidente do Sindibeleza Sindicato dos Proprietários de Barbearias, Institutos de Beleza e Afins do Estado de Goiás (Sindibeleza-GO).
A inscrição custa R$ 50 e dá direito ao barbeiro de participar em três categorias. A primeira delas é a Desenho, na qual os participantes executam cortes de cabelo com um tema pré-determinado pela produção e divulgado na hora do evento (50 minutos). A segunda categoria é a Tradicional com cortes de cabelo clássicos e temática livre (25 minutos) e a terceira é a Barba Express (10 minutos). A premiação para as categorias Desenho e Barba Express são 1 Máquina Wahl + 1 Tesoura Jaguar (Surya) e a categoria Tradicional terá premiação de uma Cadeira Reclinável Barbeiro Dallas (Make One).
Criada por Erica Nunes, carioca que chegou a morar nas ruas na adolescência e se tornou a “madrinha dos barbeiros”, a competição dá destaque à barbearia, uma marca do estilo de vida das periferias e é um dos pilares da cultura popular das periferias, assim como o passinho, o rap e o samba. “A barbearia artística é uma forte expressão para muitos jovens e profissionalização para outros. Quando pensamos no passinho, por exemplo, não é só um estilo musical, mas um modo de se vestir, de pensar, se comportar e o corte de cabelo é um dos primeiros artifícios para a busca dessa identidade”, afirma ela.