Economia

BB lucra R$ 7,8 bilhões no 2º trimestre, alta de 55%

No acumulado do primeiro semestre, o lucro foi de R$ 14,4 bilhões, alta de 44,9% ante o mesmo período do ano passado

Concurso do Banco do Brasil é o maior da história, com 1,6 milhão de inscritos (Foto: Reprodução/ Estadão Conteúdo)

O BB (Banco do Brasil) reportou lucro líquido ajustado de R$ 7,8 bilhões no segundo trimestre de 2022, o que equivale a um crescimento de 54,8% na comparação com o mesmo período do ano passado e de 18% em relação ao trimestre imediatamente anterior, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (10).

No acumulado do primeiro semestre, o lucro foi de R$ 14,4 bilhões, alta de 44,9% ante o mesmo período do ano passado.

O resultado levou o banco a revisar a projeção para a expansão do lucro no ano de 2022, de uma faixa entre R$ 23 bilhões e R$ 26 bilhões, para entre R$ 27 bilhões e R$ 30 bilhões. ​

A carteira de crédito do banco público alcançou R$ 919,5 bilhões ao final de junho, um aumento de 19,9% no ano contra ano e de 4,1% na margem.

Considerado o intervalo de janeiro a junho, a carteira de crédito do BB cresceu 20,8%, com a projeção para a evolução no ano passando de uma faixa entre 8% e 12%, para entre 12% e 16%.

“A elevação sustentável e saudável do crédito é um dos pilares do resultado apresentado”, diz o banco no relatório de resultados.

A carteira pessoa física cresceu 14,1% frente a junho de 2021, para R$ 274,5 bilhões, com destaque para a performance positiva das modalidades cartão de crédito (crescimento de 51,7% na comparação anual), empréstimo pessoal (29,3%) e crédito consignado (10,5%). No trimestre, a carteira cresceu 2,1%.

A carteira de crédito para empresas encerrou o trimestre com saldo de R$ 336,8 bilhões, crescimento anual de 19,1%. Nesse caso, destaque para o crescimento das operações de capital de giro (6,5%). No trimestre, a evolução foi de 4,9%.

Já a carteira de crédito do banco voltada ao agronegócio atingiu R$ 262 bilhões, crescimento de 27,3% na comparação anual, impulsionada por itens como os certificados de direitos creditórios do agronegócio (463,4%). No trimestre, a carteira cresceu 2,9%.

A taxa de inadimplência acima de 90 dias, por sua vez, passou para 2% no segundo trimestre, contra 1,86% em junho de 2021 e 1,89% em março deste ano.

“O BB tem o menor índice de inadimplência acima de 90 dias entre os grandes bancos e mantém nível de cobertura robusto, viabilizando a gradativa transição do mix da carteira em busca da melhor relação risco e retorno”, afirmou Fausto Ribeiro, presidente do BB, em comunicado.

Entre as pessoas físicas, a taxa de atrasos encerrou o trimestre em 4,31%, ante 2,96% no mesmo período do ano passado, e 3,82% no primeiro trimestre de 2022.

A PCLD (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) somou R$ 2,93 bilhões e aumentou 2,3% ante o segundo trimestre do ano passado, e 6,5% em relação ao primeiro trimestre de 2022.

As receitas de prestação de serviços somaram R$ 7,84 bilhões no segundo trimestre, alta de 8,9% no ano contra ano, influenciadas principalmente pelos desempenhos das receitas de administração de fundos (+8,7%) e de operações de crédito (+26%). Na comparação trimestral, as receitas cresceram 4,3%.

Como resultados dos números apresentados, o RSPL (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) do BB, indicador que mede a rentabilidade da operação da instituição financeira, avançou para 20,6% em junho, contra 14,5% em junho de 2021 e 18,1% em março deste ano.

“Com a entrega de resultados robustos ao longo dos últimos seis trimestres, alcançamos o patamar de rentabilidade dos pares privados”, disse o presidente do banco.