Black friday de verdade ou será uma black fraude daquelas?

Black friday já está para começar, os comerciais interrompem todo vídeo que a gente assiste na internet e as lojas preparam seus estoques para a data que é uma ode ao consumismo. Impressionante como uma coisa que sequer sabíamos da existência alguns anos atrás entrou de vez para o calendário do consumo no Brasil, não é mesmo? Frutos da globalização. Mas esse é outro assunto. Hoje quero falar da tal black fraude.

Quem está monitorando o preço de algum produto há alguns meses e esperou pra comprar na sexta-feira consumista estadunidense que foi importada pelos brasileiros percebeu que a escalada nos valores já aconteceu. Sei disso pois estou de olho em um tênis de caminhada que teve seu valor reajustado no mês passado. Amanhã, a empresa dá um desconto que deixará o valor final do mesmo tanto que era cobrado em setembro.

Vou acabar comprando pois preciso do tênis, mas sem a ilusão de que estou economizando um monte. Não mesmo. Trata-se da mais pura enganação. O que nós por essas plagas já apelidamos de black fraude. Tudo pela metade do dobro.

Amigos que já moraram nos EUA dizem que as promoções lá nas terras do Tio Sam são reais e agressivas. Compensaria muito, segundo eles, esperar pela ressaca do Dia de Ação de Graças para adquirir o que se necessita.

Pode ser.

Por aqui, só cola mesmo para quem compra as coisas no impulso. No calor do momento, você é seduzido pelo produto. E aquele desconto que você não sabe que é picareta lhe dá o empurrãozinho que falta pra você parcelar em trocentas vezes no cartão. Sim, você foi mais uma vítima. Caiu na conversinha da black fraude.

Agora só lhe resta desencanar a aproveitar o produto que comprou. E chorar de raiva todas as vezes que o boleto do cartão bater sua caixa de Correios.

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Jucimar de Sousa – Mais Goiás