Bolsa cai e dólar é negociado em alta com atenção em nova mutação de Covid
Novas restrições no Reino Unido e em outros países da Europa elevam cautela nos mercados internacionais
A notícia de uma nova variante da Covid-19, que surgiu no Reino Unido, faz com que todo positivismo do mercado financeiro visto nas últimas semanas, trazido com o avanço da vacinação em massa, desapareça nesta segunda-feira.
O dólar disparou mais de 2% contra o real na abertura do mercado e bateu na máxima de R$ 5,22. Por volta de 11h, a moeda americana operava com alta de 1,58% cotada a R$ 5,16.
Na última sessão, na sexta-feira (18), o dólar teve leve alta de 0,12%, e encerrou a R$ 5,08.
O Ibovespa abriu em queda e opera com desvalorização de 2,18% aos 115.442 pontos.
O Reino Unido anunciou renovadas restrições em meio a uma nova cepa da Covid-19 que se espalha rapidamente, elevando a cautela entre os investidores internacionais.
Nem a aprovação do acordo no Congresso americano para um novo pacote de estímulos econômicos de US$ 900 bilhões, notícia que era esperada nas últimas semanas, tem força para se sobrepor ao avanço da Covid-19, observa Thiago Penteado, operador da mesa de câmbio do Travelex Bank.
Vários países suspenderam a entrada de voos do Reino Unido, inclusive na América do Sul. As bolsas na Europa são influenciadas por essa preocupação.
Nos Estados Unidos, as bolsas também sentem o impacto. O Dow Jones cai 0,41%, o S&P 500 recua 0,35% e o Nasdaq tem baixa de 0,07%.
Enquanto isso, no cenário doméstico, a pauta fiscal e o plano de vacinação do governo dominam o radar dos mercados.
Os investidores também estão com o foco na eleição da presidência da Câmara dos Deputados, após Rodrigo Maia ter anunciado a formação de um bloco de onze partidos de oposição e de centro, para lançar um candidato único a eleição da casa no dia primeiro de
O Banco Central fará neste pregão leilão de swap tradicional de até 16 mil contratos com vencimento em maio e setembro de 2021.
China se opõe a restrições em Bolsas americanas
Na China, as ações fecharam em alta nesta segunda-feira, com os investidores comemorando o apoio contínuo de política monetária por Pequim para sustentar a economia prejudicada pela crise do coronavírus anunciada na sexta-feira.
O governo chinês se posicionou contra a lei assinada na sexta-feira pelo presidente Donald Trump que removeria as empresas chinesas das bolsas de valores dos EUA, a menos que elas aderissem aos padrões de auditoria americanos, disse a Casa Branca, dando ao republicano mais uma ferramenta para ameaçar Pequim antes de deixar o cargo no mês que vem.
“Isso nada mais é do que uma repressão política injustificada às empresas chinesas listadas nos Estados Unidos”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, em uma nova coletiva diária em Pequim.
Para Wang, a nova regra “prejudicará seriamente a listagem normal das empresas chinesas e distorcerá as regras básicas da economia de mercado que os EUA sempre elogiaram”.