Bolsa renova máxima histórica nesta sexta-feira
A Bolsa brasileira superou o recorde da quarta-feira (19), quando fechou acima dos 100 mil…
A Bolsa brasileira superou o recorde da quarta-feira (19), quando fechou acima dos 100 mil pontos pela primeira vez. Nesta sexta (21), o Ibovespa teve alta de 1,70%, a 102.012 mil pontos, nova máxima histórica. Nos Estados Unidos, os índices da Bolsa de Nova York, Dow Jones e S&P 500, também bateram recordes.
O dólar acompanhou o viés positivo e recuou 0,67%, a R$ 3,8250, menor patamar desde abril.
Os mercados tiveram pregões positivos nos últimos dias com discursos mais amenos de bancos centrais com relação a cortes nas taxas de juros. O Banco Central Europeu (BCE), o Fed (banco central americano) e o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central do Brasil, sinalizaram, esta semana, a possibilidade de redução nas taxas básicas de juros.
Com a expectativa de corte nos juros em julho, o índice Dow Jones bateu a máxima histórica na quinta (20), ao chegar aos 26.753 pontos, alta de 0,94%. O índice S&P 500 também renovou a máxima histórica, aos 2.9547 pontos, com alta de 0,95%.
Nesta sexta, S&P 500 voltou a bater o recorde, com leve alta de 0,1%, a 2.956 pontos, enquanto Dow Jones teve leve queda de 0,13%, a 26.719 pontos.
Além de um alívio nas políticas monetárias, como forma de estimular a economia, as commodities também impulsionaram as altas das bolsas de valores.
O petróleo teve forte alta na quinta, após o Irã derrubar um drone americano no golfo de Omã, por onde passa um quinto de todo o petróleo do mundo.
O presidente americano, Donald Trump, reagiu e escreveu em uma rede social que o Irã “cometeu um erro muito grande”, pouco depois da confirmação da notícia pelo Pentágono.
Após a declaração de Trump, os preços do petróleo dispararam. O barril de WTI subiu 5,74%, a US$ 57,07, enquanto o brent teve alta de 4,25%, a US$ 64,45.
Nesta sexta, o presidente americano cancelou ataques aéreos ao Irã, o que reduziu o temor de investidores. Hoje, o WTI subiu 0,81%, a US$ 57,53 e brent, 1,27%, a US$ 65,27.
Fora as tensões entre Washington e Teerã, um incêndio de grandes proporções atingiu a maior e mais antiga refinaria da costa leste dos Estados Unidos, na Filadélfia, na manhã desta sexta. Este é o segundo incêndio da Philadelphia Energy Solutions, que produz 335 mil barris de petróleo por dia. Em 10 de junho, o incidente afetou uma unidade de craqueamento catalítico de 50 mil barris por dia.
Com a valorização da commodity, as ações da Petrobras tiveram forte alta nesta volta de feriado. As preferenciais (mais negociadas) subiram 2,76%, a R$ 28,28. As ordinárias (com direito a voto) tiveram alta de 3%, a R$ 31,79.
Também contribuiu para a valorização da estatal, o início da fase vinculante para venda da Liquigás. Nesta etapa do processo, os interessados receberão cartas-convite com instruções detalhadas sobre o desinvestimento, incluindo orientações para a realização de due diligence (auditorias para avaliação de informações da empresa) e para o envio das propostas vinculantes. Caso a proposta seja escolhida, há o compromisso de compra.
“A operação segue em linha com o processo de otimização do portfólio da estatal e à melhoria de alocação do capital da Petrobras. Os ativos fazem parte do programa de desinvestimento da companhia (R$ 26,9 bilhões), que busca atingir uma meta de desalavancagem financeira abaixo de 1,5x Dívida Liquida/Ebitda em 2020. Seguimos com uma visão positiva para a estatal”, afirma a Guide investimentos em relatório para investidores.
Impulsionado pela Petrobras, o Ibovespa, maior índice acionário do país, teve alta de 1,7%, a 102.012 pontos. Apesar de fechar acima dos 100 mil pontos na quarta, a Bolsa não ultrapassou a máxima de 100.438 pontos alcançada durante o pregão do dia 19 de março. Agora, tanto a máxima intraday, quanto a de fechamento foram renovadas.
Nesta sexta, a máxima durante o pregão foi de 102.099 pontos. O giro financeiro foi de R$ 18,761 bilhões, acima da média diária para o ano e volume elevado para um pregão pós feriado. Na semana, o ganho acumulado é de 4,05%, maior alta semanal de 2019.
O bom desempenho do índice reflete, ainda, a forte alta dos ADRs (American Depositary Receipt) brasileiros nas bolsas americanas. Na quinta, o índice que mede o desempenho destes recibos de ações brasileiras teve alta de 2%. Na semana, a alta acumulada é de 5%.