REDES SOCIAIS

“Investimento precisa aumentar”, diz Caiado sobre possível venda da Enel

Pelo Twitter, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) reforçou que o governo acompanha com atenção…

Pelo Twitter, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) reforçou que o governo acompanha com atenção as discussões sobre a possível venda da Enel Distribuição Goiás, a antiga Celg-D. Segundo ele, caso se concretize, cobrará “incessantemente os investimentos e melhorias no setor de energia, independente de qual empresa estiver à frente dele”.

O governador lembra que a Celg-D (Celg Distribuição) foi vendida por R$ 1,1 bi, em 2016. “E ainda deixou uma dívida de R$ 7 bi p/ os goianos.” Segundo informações que circulam na imprensa desde segunda-feira (25), a Enel teria interesse na venda, que poderia chegar a US$ 2 bilhões (quase R$ 10 bi).

Procurada pelo Mais Goiás, a companhia afirmou se tratar de “rumores do mercado”. A assessoria declarou: “Não comentamos rumores de mercado.”

Primeira reação

Na terça-feira (26), durante evento na sede Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), em Goiânia, o governador disse que, ao saber da possibilidade de negócio da Enel, informou ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que seria o intermediário para a venda – caso ocorra.

“Nós e os empresários de Goiás temos a necessidade de estarmos participando dessa discussão. Isso é fundamental para Goiás. Isso que nós temos que saber, de que maneira está sendo vendida? Para quem está sendo vendida? Como será vendida? Quais serão os compromissos de investimento que essa nova empresa vai ter com o Estado de Goiás? Porque não conseguiram cumprir todos os compromissos?”, discursou.

E ainda: “É um assunto que nós não podemos ter mais uma vez perdas, numa negociação que não tenhamos conhecimento dela. (…) Estou dizendo tudo isso pela necessidade de nós estarmos presentes e nos demandando por ações de transparência, de prestação de conta cada dia mais.”

Sobre a venda da Enel

Ao portal, a Enel disse não comentar “rumores de mercado”. Segundo fontes da Istoé, contudo, a CPFL Energia, controlada pela State Grid Corporation of China, a Neoenergia, controlada pela espanhola Iberdrola, e a EDP Brasil, da qual a portuguesa EDP é a maior acionista, estariam interessadas na aquisição.

A Celg-D, destaca-se, é avaliada em cerca de R$ 10 bilhões. Após as notícias sobre a venda, as ações da italiana subiram 1,9%. A companhia pagou, em 2016, R$ 2,1 bilhões na distribuidora, que era controlada pelo Estado e pela Eletrobras.