Chupa, Brasil: a gasolina mais cara em capitais é a de Goiânia!!

A gente que é goiano do pé rachado gosta de ver quando o topo do pódio é ocupado por um conterrâneo. Pode ser de qualquer coisa, de qualquer atividade. O Guinness Book sempre nos atrai, nos excita. E agora temos um título para nos gabarmos país afora: dentre todas capitais, Goiânia é o maior valor médio no preço de gasolina cobrado na bomba.

Chupa, Brasil: aqui é arroz com pequi!

Matéria publicada hoje pelo jornal O Popular mostra que estudo feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis identifica em Goiânia o valor mais salgado da gasolina país afora.

Sim, a gente paga, na média, o preço mais caro de gasolina no Brasil. É muito orgulho para um povo moldado à pamonha e x-tudo.

Tenho falado isso há tempos: o Brasil precisa definir o que quer da Petrobras e de sua política para os combustíveis. Se escolher preço flutuando com o mercado e a empresa como máquina de pagar dividendos, rapaziada, o preço é isso aí mesmo. Commodities em alta com dólar disparando resulta em preço caro na bomba. Just business, baby.

Caso opte pela intervenção estatal, isso dá problemas na bolsa, dá problemas de gestão, dá problemas de eficiência mas resulta em preço mais baixo na bomba.

Aprendemos com Chorão que cada escolha é uma renúncia. E com Conselheiro Acácio que as consequências, veja só você, vêm depois.

Para ter gasolina barata, é preciso ter controle realmente estatal da Petrobras, com todos os problemas que isso traz. Para ter uma empresa saneada e eficiente, é preciso jogar o jogo do mercado, com todos os problemas que isso traz.

Com tudo isso em mãos e lembrando da obviedade que Goiânia fica no Brasil e é submetida à mesma política da Petrobras que as demais capitais do país, fica pergunta: por que diabos pagamos o litro de gasolina mais caro do Brasil?

Não se trata de ICMS, não caia nessa conversinha fiada: o imposto também incide alto em outras unidades da federação.

A resposta é um mistério…

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Fernando Frazão – Agência Brasil