Com aval do Papa, Vaticano proíbe benção a uniões homoafetivas
Segundo nota, o texto não deve ser interpretado como preconceituoso, mas alinhado à liturgia da Igreja Católica
O Vaticano afirmou que padres e outras autoridades da Igreja Católica não podem abençoar uniões entre pessoas do mesmo sexo. O anúncio aconteceu nesta segunda-feira (15) e ainda traz que, se isso acontecer, elas não serão consideradas oficiais. A decisão teve aval do Papa Francisco.
O departamento do Vaticano responsável pela doutrina oficial, a Congregação para a Doutrina da Fé, publicou uma resposta a algumas questões paroquiais sobre o impacto dessas bênçãos, que eram enxergadas como uma sinalização favorável aos gays dentro da Igreja. Porém, a resposta foi negativa.
O documento aponta que não é ilícito abençoar uma relação ou parceria, ainda que estável, que envolve atividade sexual fora do casamento, “como é o caso de união entre pessoas do mesmo sexo”. O texto afirma que não pretende que a mensagem seja interpretada como uma discriminação injusta, mas uma lembrança da verdade da liturgia.
Essas bênçãos não são permitidas nem mesmo se forem uma forma sincera de acolher os homossexuais e ajudá-los a encontrar a fé. A Congregação disse na nota que a união entre um homem e uma mulher é um sacramento ligado ao casamento e que a bênção não pode ser ampliada para casais homoafetivos.
“Não é lícito dar bênção a relacionamentos, até mesmo aos estáveis, que envolvam atividade sexual fora do casamento (ou seja, fora da união indissolúvel de um homem e uma mulher, aberto à transmissão da vida, como é o caso das uniões entre pessoas do mesmo sexo “, afirma o texto.