Com medo de bloqueios rodoviários, criadores mantém 500 animais no parque da SGPA
A exposição da Pecuária de Goiânia foi encerrada no domingo (27), no entanto, cerca de…
A exposição da Pecuária de Goiânia foi encerrada no domingo (27), no entanto, cerca de 500 animais de alto valor genético permanecem abrigados no parque nesta segunda-feira (28). Em razão da greve dos caminhoneiros e da dificuldade de locomoção em rodovias, proprietários, cuidadores e motoristas temem ser barrados nas estradas, o que, segundo eles, pode expor os animais a algum tipo de risco. Por isso, mesmo com o fim do evento, a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), responsável pela exposição, decidiu manter a estrutura com alimentação e alojamentos tanto para expositores e funcionários como para animais.
A medida foi adotada porque na quinta-feira (24), duas carretas com bovinos deixaram o parque para eventos em outros municípios, mas foram impedidos de prosseguir pelos caminhoneiros. Com medo de que algo pudesse acontecer aos animais, que permaneceriam parados dentro dos veículos, os motoristas retornaram para o parque de exposições.
De acordo com a vice-presidente da organização Ana Maria Miranda, a saída dos animais era prevista para a meia-noite de domingo, mas muitos criadores não queriam correr riscos. “Alguns já deixaram as instalações para Anápolis, por exemplo. Por outro lado, os que tem propriedades mais distantes estão com medo de sair e depois terem que voltar. Por isso, os estamos acolhendo”. O parque está fechado para visitações.
Todavia, para que isso seja possível, a SGPA esbarra em outra dificuldade: conseguir alimentos para os animais. Conforme expõe Ana, há silo suficiente para até quarta-feira (30). “Não fornecemos ração porque cada expositor utiliza um tipo diferente. Eles também sempre trazem muita ração, não sei quanto tem individualmente, mas eles tem. O silo dá até quarta. Após isso vamos dar um jeito de trazer mais, mesmo que precisemos contar com escolta da Polícia Militar”.
A estrutura de restaurantes também foi mantida para quem estiver nessa situação. “Pessoas e animais estão livres para ir, mas enquanto precisarem ficar serão bem tratados, com comida, água, responsável técnico, tratadores, restaurantes e alojamentos”, observa.