Com paralisações após Brumadinho, produção de minério da Vale cai 28% no 1º tri
Além da suspensão das operações na mina de Córrego do Feijão, onde ocorreu o rompimento de barragem que deixou ate o momento 237 mortos, a Vale enfrentou uma série de restrições em outras operações em Minas Gerais
Com impactos decorrentes da tragédia de Brumadinho (MG), a produção de minério de ferro da Vale caiu 28% no primeiro trimestre de 2019, em comparação com o trimestre anterior. A produção de pelotas também foi afetada, com queda de 23% no trimestre.
Além da suspensão das operações na mina de Córrego do Feijão, onde ocorreu o rompimento de barragem que deixou ate o momento 237 mortos, a Vale enfrentou uma série de restrições em outras operações em Minas Gerais.
Sua principal mina na região, Brucutu, chegou a ficar fechada por quase um mês por determinação da Justiça. Foi reaberta em 17 de abril, mas nova liminar determinou a paralisação de operações a úmido em 6 de maio. O Sistema Minas Centrais, onde está esse projeto, teve queda de 33% na produção.
No primeiro trimestre, a Vale produziu 72,9 milhões de toneladas de minério de ferro e 12,2 milhões de toneladas de pelotas. Na comparação com o primeiro trimestre de 2018, houve queda de 11% e 5%, respectivamente.Com menor produção, a companhia também vendeu menos. O volume de vendas de minério caiu 30%, na comparação com o trimestre anterior, para 67,7 milhões de toneladas.
A companhia diz que, além dos efeitos de Brumadinho, as vendas foram afetadas por novos procedimentos de gerenciamento de estoques em portos chineses e chuvas anormais no porto de Ponta da Madeira, no Maranhão, por onde a mineradora escoa a produção do Pará.