Economia

Comida e moradia puxam queda da inflação, apontam dados econômicos

Cesta básica, energia elétrica e gás de cozinha foram principais itens que levaram à redução dos custos

Os serviços de alimentação e habitação influenciaram o resultado da inflação do mês de fevereiro, em Goiânia. O número, apesar de positivo, desacelerou, pela descompressão dos preços de vários produtos dos setores citados anteriormente. O dados são do do Instituto Mauro Borges (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) e foram divulgados nesta quinta-feira (8).

Segundo o relatório, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve variação de 0,08% em fevereiro, abaixo da variação de 0,21% registrada em janeiro. Os grupos de alimentação e habitação influenciaram para puxar para baixo a inflação do mês, registrando variações negativas de, respectivamente, 0,12% e 1,74%.

No grupo de habitação, a energia elétrica, que variou -6,35%, e o gás de cozinha, com variação de -0,68%, foram os grandes influenciadores. Já na alimentação os preços dos alimentos para consumo das famílias no domicílio tiveram queda média de 0,87%. Dos 205 produtos/serviços pesquisados mensalmente pelo IMB, 70 apresentaram elevação, 34 ficaram estáveis e 101 tiveram variação negativa.

O grupo da educação também sofreu variação negativa. O índice desta área foi de 9,03%, registrado em janeiro, para 0,26% registrado em fevereiro. Para o IMB, a queda é explicada pelo início das aulas, uma vez que os reajustes de mensalidades, compra de materiais e uniformes escolares já passaram.

Além de alimentação e transporte, os grupos que mais contribuíram para manter o índice geral positivo foram: transportes (2,58%) e saúde e cuidados pessoais (0,47%), com destaques para a passagem de ônibus urbano (índice residual de 5,82%), tratamento dentário (9,59%) e exames de laboratório (4,33%). A demais áreas de despesas que ajudaram a confirmar o resultado positivo deste mês foram: vestuário (0,22%), educação (0,26%), despesas pessoais (0,15%), além de artigos residenciais (0,12%). O grupo comunicação permaneceu estável com variação de preços nula (0,00%) nos itens pesquisados.

Conforme o IMB, a inflação acumulada dos últimos doze meses foi de 4,16%, ficando acima dos 3,89% registrados no mesmo período do ano anterior. No ano, o índice acumula taxa de 0,29%. Em fevereiro de 2017 o índice ficou em -0,98%.

Cesta básica

A queda na cotação de diversos alimentos contribuiu para segurar a inflação de Goiânia em fevereiro. Com a queda dos alimentos, o custo da cesta básica para o trabalhador goianiense, que ganha um salário mínimo mensal de R$ 954, ficou menor no mês passado, na comparação com janeiro, e custou R$ 294,78.

Dos 12 itens da cesta básica, nove tiveram redução de preço. Destaque para as frutas, que caíram de 9,20% em janeiro para -3,09% em fevereiro; hortaliças e legumes tiveram queda de 1,66% para -1,63% na cesta básica.

Confira outros alimentos que tiveram queda e suas variações: arroz (-1,29%), feijão carioca (-2,32%); carne bovina: coxão duro (-4,78%), contra filé (-2,10%); frango (-3,93%); pernil suíno (-1,30%); cenoura (-16,39%), tomate (-4,17%), abobrinha (-2,87%), alho (-2,29%), alface (-1,33%); açúcar (-4,21%), sorvete (-2,40%); maçã (-5,39%), banana prata (-3,94%); café moído (-2,05%); macarrão (-2,72%); margarina vegetal (-1,15%), óleo de soja (-4,17%); queijo mussarela (-2,40%); refrigerante 2 litros (-2,40%) e sal refinado (-4,17%).