RECUO

Confiança do consumidor atinge menor patamar em 15 anos, diz FGV

Avaliações sobre o presente e expectativas para o futuro recuaram. Situação é provocada pelo isolamento social advindo da pandemia de coronavírus

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), recuou 22 pontos em abril, na comparação com março deste ano. Com isso, o indicador chegou a 58,2 pontos – em uma escala de zero a 200 -, o menor nível da série histórica iniciada em setembro de 2005. O mínimo anterior era o de dezembro de 2015 (64,9 pontos).

Tanto as avaliações sobre o presente quanto as expectativas em relação ao futuro recuaram. O Índice de Situação Atual, que mede a confiança no presente, caiu 10,5 pontos, para 65,6 pontos, o menor nível desde dezembro de 2016 (64,8 pontos).

Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, recuou 28,9 pontos para 55 pontos, o menor valor da série histórica. Dentre os quesitos que integram o ICC, o indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis nos próximos meses foi o que mais contribuiu para queda do indicador.

De acordo com a pesquisadora da FGV Viviane Seda Bittencourt, com a pandemia de covid-19 e as consequentes medidas de isolamento social, os consumidores percebem a piora da situação econômica do país e o quanto isso afeta suas condições financeiras nesse momento.

“É difícil ainda enxergar uma melhora significativa nos próximos meses, dado o nível elevado de incerteza econômica e política”, afirma Viviane Seda Bittencourt.