Os quatro setores pesquisados pela FGV tiveram queda na confiança empresarial: indústria (-0,7 ponto), serviços (-3,1 pontos), comércio (-5,4 pontos) e construção (-1,8 ponto).
De acordo com o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr., o resultado retrata uma economia com um nível de atividade fraco e com um quadro de relativo pessimismo com a possibilidade de uma aceleração consistente nos próximos meses.
Indicador de incerteza
O Indicador de Incerteza da Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 2,2 pontos de abril para maio e atingiu para 119,5 pontos. Esse é o maior nível desde setembro de 2018: 121,5 pontos.
O indicador é medido em uma escala de zero a 200 em que as pontuações mais próximas de 200 mostram um cenário de maior incerteza.
A alta foi influenciada pelo componente de mídia, baseado na frequência de notícias com menção à incerteza na mídia, que subiu 3,3 pontos entre abril e maio.
Já o componente de expectativa, construído a partir da média dos coeficientes de variação das previsões dos analistas econômicos, registrou queda de 3,1 pontos.
Para a pesquisadora da FGV Raíra Marotta, essa segunda alta consecutiva do indicador reflete, em maior grau, a instabilidade do ambiente político brasileiro e, em menor escala, a guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Ela acredita que indicador recue nos próximos meses, quando se terá maior clareza quanto à aprovação da Reforma da Previdência e com relação ao abrandamento das tensões entre o Executivo e Legislativo.