Não somente os humanos vêm sofrendo com a pandemia do novo coronavírus. O reino animal vem colecionando espécies que testaram positivo para covid-19 e preocuparam a ciência. O caso mais recente é o do leopardo-das-neves do Zoológico de San Diego (EUA), que anunciou a recuperação do espécime nos últimos dias. Além dele, o vírus também já foi encontrado em bichos de grande porte, como gorila e tigre.
O leopardo-das-neves que pegou covid no Zoológico de San Diego (EUA) não estava vacinado, fez questão de informar o zoológico em comunicado à imprensa. Ramil, de 9 anos, havia apresentado tosse e secreção nasal no dia 22 de julho, sendo submetido a um teste para covid que deu positivo.
O documento foi encaminhado ao Sistema de Laboratório de Segurança Alimentar e Saúde Animal da Califórnia, que também confirmara a infecção. Segundo a Associated Press, Ramil não apresentava demais sintomas, mas dividia recinto com uma fêmea e mais dois leopardos, que, por serem expostos, foram colocados em quarentena.
2. De cuidador para gorilas
Em janeiro, diversos gorilas do safari do zoológico de San Diego já haviam sido infectados. Estes foram os primeiros primatas infectados nos EUA e, possivelmente, no mundo. As infecções teriam vindo de um membro da equipe de cuidados que testou positivo para covid naquele período. Até hoje, o zoológico não exige que os funcionários se vacinem, mas eles são obrigados a usar máscaras.
Hari, de 12 anos, e Tino, de 9, positivaram ainda em julho, depois que apresentaram sintomas semelhantes aos da gripe, dificuldades respiratórias e perda de apetite. Os dois machos estão recebendo tratamento e se recuperando. O país asiático enfrenta seu pior momento da pandemia devido à variante Delta e já registrou mais de 3,5 milhões de casos e 100 mil mortes.
4. Covid em gatos
Cerca de um mês após a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciar ao planeta a pandemia do novo coronavírus, em março do ano passado, dois gatos de Nova York, nos Estados Unidos, foram os primeiros casos de covid registrados no país. A infecção se deu por contato com humanos infectados.
5. Cachorros não escapam
Seis dias depois do anúncio dos gatos com covid, chegou a confirmação do primeiro caso em cachorros nos EUA, desta vez na Carolina do Norte. Um pug, chamado de Winston, foi diagnosticado durante estudos da Universidade de Duke, que testou toda a família com quem ele vivia.
Em julho do ano passado, morreu o primeiro cachorro por complicações da covid-19 nos EUA. A informação foi divulgada através de relato na National Geographic. Assim como os humanos, Buddy, um pastor-alemão, apresentou sintomas enquanto seu dono se recuperava da doença.
Para a revista, o casal disse que enfrentou dificuldades para o diagnóstico. Quando uma clínica confirmou o resultado positivo do cachorro, também descobriu que o filhote de 10 meses da família, que nunca chegou a adoecer, tinha anticorpos contra o coronavírus. Depois de tanto sofrimento com as sequelas da doença no bicho de estimação, seus donos decidiram sacrificá-lo, já que Buddy começou a vomitar coágulos de sangue, urinar sangue e já não conseguia mais andar.
Imagem ilustrativa (Foto: Reprodução/Pixabay)
7. Nem as lontras escaparam
O Aquário da Geórgia (Georgia Aquarium), localizado em Atlanta, nos Estados Unidos, informou em abril que lontras geriátricas da espécie anã-oriental contraíram o novo coronavírus. Elas foram levadas para recuperação longe do público e já nos dias de diagnóstico com sintomas leves, o quadro era de melhora. O instituto afirma que provavelmente as lontras se infectaram através de um membro da equipe assintomático. Ainda não há informação sobre o impacto da covid em lontras.
Lontra da espécie anã-oriental (Foto: Reprodução/ Georgia Aquarium)
Uma gata de dois anos morreu depois que foi diagnosticada com covid em março, na cidade de Caxias do Sul (RS). Ela passou a apresentar sintomas da doença duas semanas após seus tutores terem positivado para covid-19. Considerado raro, o caso foi notificado à SFA (Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento).