SUSTENTO

Desemprego fica em 14,6% e atinge 14,8 milhões no Brasil, diz IBGE

Com o resultado, manteve estabilidade em relação ao trimestre de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021

Com o resultado, manteve estabilidade em relação ao trimestre de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021 (Foto: Dcmais)

A taxa de desemprego no Brasil foi de 14,6% no trimestre encerrado em maio, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (30).

Com o resultado, manteve estabilidade em relação ao trimestre de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021 (14,4%) e apresentou alta de 1,7 ponto percentual ante o mesmo trimestre de 2020 (12,9%).

O número de desempregados foi estimado em 14,8 milhões entre março e maio. Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) com divulgação mensal.

Pelas estatísticas oficiais do IBGE, uma pessoa está desocupada quando não tem emprego e segue à procura de novas vagas. O levantamento considera tanto trabalhadores formais quanto informais.

O desemprego em nível elevado é motivo de preocupação enquanto a economia brasileira tenta retomada após o baque da pandemia.

Segundo especialistas, a melhora consistente do mercado de trabalho depende de uma retomada mais firme da atividade econômica. O aquecimento dos negócios, por sua vez, está associado ao avanço da vacinação contra a Covid-19.

A imunização é considerada peça fundamental para destravar setores como o de serviços, o principal empregador do país. Na pandemia, serviços diversos foram abalados por restrições, incluindo hotelaria, alimentação e eventos.

O desemprego elevado também preocupa economistas porque é registrado no momento em que a inflação ganha força no Brasil. Ou seja, a combinação entre dificuldades no mercado de trabalho e preços em alta prejudica o poder de compra das famílias.

No último dia 20, relatório do Banco Mundial apontou que os reflexos econômicos da pandemia devem afetar os salários de trabalhadores brasileiros por até nove anos. Na visão da instituição, os efeitos da crise na América Latina serão sentidos principalmente pelos profissionais com menor qualificação e em uma posição mais vulnerável no mercado.

Em junho, o país completou 12 meses sem aumento real de salários, conforme o projeto Salariômetro, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). O boletim informou que o reajuste mediano no mês ficou 0,6 ponto percentual abaixo da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Apenas 27,4% das negociações resultaram em ganhos reais para os trabalhadores.