Desemprego sobe para 14,2% em novembro e bate recorde na pandemia
A taxa de desemprego no país subiu e chegou a 14,2% em novembro, a maior…
A taxa de desemprego no país subiu e chegou a 14,2% em novembro, a maior da série histórica da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Covid-19, iniciada em maio. Isso corresponde a 14 milhões de pessoas sem trabalho no país —-em outubro foram 13,8 milhões.
O número de desempregados também é recorde da série, com um aumento de 2% frente a outubro e de 38,6% desde o início da pesquisa (maio).
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em outubro, a taxa de desemprego foi de 14,1%.
Esse aumento da população desocupada ocorreu, principalmente, na região Nordeste. Nas demais regiões ficou estável, sendo que no Sul houve queda na desocupação.
Maria Lucia, coordenadora da Pnad Covid-19 Mensal
Desemprego é maior entre mulheres e negros
A taxa de desemprego entre as mulheres foi de 17,2%, maior que a dos homens, que ficou em 11,9%.
Por cor ou raça, a taxa foi maior entre negros —que inclui pessoas que se declaram preta ou parda—, de 16,5%. Para a população branca, a taxa ficou em 11,5%. Isso representou um aumento de 0,3 ponto percentual na taxa entre negros, enquanto a taxa entre os brancos manteve-se inalterada pelo quarto mês consecutivo.
Por grupos de idade, os mais jovens apresentaram taxas de desocupação maiores (24,2% para aqueles de 14 a 29 anos de idade). Na análise por nível de escolaridade, os que têm nível superior completo ou pós-graduação tiveram as menores taxas (6,7%).
Informalidade
Em novembro, a taxa de informalidade ficou em 34,5%, a mesma do mês anterior. Norte e a Nordeste seguem com os maiores níveis de informalidade, 49,6% e 45,2%, respectivamente.
Em números absolutos, 29,2 milhões de pessoas estavam informais em novembro, equivalente a 34,5% do total de ocupados no país. Isso representa um aumento de 0,6% em relação ao total de informais em outubro.