Dia dos Pais: variação nos preços de produtos pode chegar a 55% nos comércios de Goiânia
Pesquisa foi realizada pelo Procon Goiás entre os dias 31 de julho a 6 de agosto e abrangeu 31 itens em 15 estabelecimentos de ruas e shoppings da capital
O Dia dos Pais será comemorado no próximo domingo (12) e a variação entre menor e maior preço de produtos idênticos chega a 55%, segundo a pesquisa publicada pelo Procon Goiás nesta terça-feira (7). De acordo com o órgão, 31 itens foram pesquisados como perfumes importados, smartphones, churrasqueira elétrica, aspirador de pó, furadeira, máquina de cortar cabelo, barbeadores, entre outros.
Segundo Gleidson Tomaz, gerente de Pesquisa e Cálculo do Procon Goiás, foram visitados 15 estabelecimentos de ruas e shoppings da capital, entre os dias 31 de julho a 6 de agosto. O objetivo da pesquisa é mostrar ao consumidor que, independentemente de qual produto for comprar, é importante realizar pesquisas. “Encontramos variações significativas de diversos produtos que podem ser preferência de presentes. É muito importante o consumidor ter essa consciência até mesmo para realizar uma negociação com o estabelecimento”, conta.
O produto que apresentou maior variação foi o barbeador elétrico, com 55,72%, sendo encontrado de R$ 159,90 a R$ 249. A máquina para corte de cabelo foi o segundo produto que mais sofreu variação, conforme a pesquisa, com 50,08%, sendo encontrado entre R$ 39,90 a R$ 89,90.
A pesquisa também levou em consideração preços de perfumes importados. A colônia Kourus, da Yves SaintLaurent, foi a que teve maior oscilação registrada, 25,42%, variando de R$ 299,90 a R$ 375. O perfume Invictus eau de Toillete, da Paco Rabanne, foi encontrado de R$ 361 a R$ 449, ou seja, diferença de 24,63%.
Outra produto procurado para presente são os smartphones. A variação do mesmo aparelho foi de 44,49% em diversas lojas de Goiânia, sendo encontrado de R$ 999 a R$ 1.299. “O consumir deve ficar atento a toda forma de venda e dos produtos que, em pouca distância, apresenta preços tão diferentes”, destaca o gerente.
Pegadinhas
Gleidson conta que outra atenção que o consumidor deve ter é em relação ao pagamento. Segundo ele, é muito comum, principalmente nas compras de produtos eletrônicos, a prática da venda casada, considerada uma prática abusiva e crime, segundo o Código de Defesa do Consumidor. Somente este ano, o órgão estadual já realizou 34 atendimentos sobre tal prática.
“O consumidor tem que ver se o preço exposto do produto é o mesmo que consta na Nota Fiscal. Se por acaso, a pessoa notar que ele adquiriu um serviço, sem seu consentimento e que altere o valor o produto, deve, imediatamente, reclamar na loja, caso não consiga resolver, entre em contato com o Procon”, ressalta.
Outro ponto que Gleidson alerta é sobre a falsa sensação do parcelamento sem juros. De acordo com ele, não se pode deixar enganar pelo fato das parcelas se igualarem no valor final do produto. Sempre é importante saber quanto o mesmo produto está avaliado na região de compra, segundo Gleidson.
“Para se ter uma ideia, uma lavadora de alta pressão estava sendo vendida em um comércio no Centro a R$ 459 à vista ou parcelada em 10 vezes de R$ 45,90 ‘sem juros’. Porém, o mesmo produto estava saindo a R$ 379 em outro estabelecimento. Ou seja, os juros acabam sendo embutidos e o consumidor tem a falsa sensação de pagar o produto sem a sua presença”, explica.
Trocas
Após a data, acaba sendo comum a necessidade da troca de algum presente pelo fato de não servir ou acabar tendo a vontade de mudar a cor, o tamanho, o modelo. Isso, muitas vezes, acaba sendo um transtorno para o consumidor. Gleidson conta que é muito importante conversar com a loja sobre a possível troca.
“Após a compra de produto do ramo de vestuário é importante deixar claro como funciona a sua troca, pois, após sair da loja, o estabelecimento não tem a obrigação de trocá-lo. Sempre é importante pedir que o lojista escreva na Nota Fiscal o tratado, pois se torna uma prova”, explica.
E completa: “Se for um produto eletro-eletrônico, é sempre necessário pedir que o mesmo seja testado na loja. Caso não seja possível, deixe claro ao vendedor de como funcionará a troca e sempre registre a ação, para que se evite transtorno”.
*João Paulo Alexandre é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo.