Dia Mundial do Café: Em Goiás safra do grão deve crescer 6,7% neste ano
Isso representa 45,3% da safra produzida no país.
O Dia Mundial do Café é comemorado nesta quinta-feira (14) e lembra a importância de um cafezinho no nosso dia-a-dia. Só em 2021, o brasileiro consumiu cerca de 21,5 milhões de sacas de café, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). Isso representa 45,3% da safra produzida no país.
O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a expectativa para a safra 2022 é de produzir 55,7 milhões de sacas, um aumento de 16,8%.
Para 2022, em Goiás, é esperada uma área cultivada de 5,6 mil hectares, com uma produção de 15 mil toneladas, 6,7% a mais que na safra anterior. O estado é o 7º no ranking nacional e nesta temporada a Secretaria de Agricultura Pecuária e Abastecimento (Seapa), estima uma produtividade média de 2,7 toneladas por hectare, crescimento de 11,8%, que colocou o estado no topo de melhor rendimento do país.
“Esse aumento na produtividade é decorrente do fato da nossa produção ser predominantemente irrigada. A estimativa desse aumento de produção para 2022, é puxada apenas por esse incremento em produtividade e esse aumento de produção somado aos preços atrativos de comercialização, está puxando pra cima o Valor Bruto de Produção do Café no nosso estado, estimado para 2022 em R$ 413 milhões de reais”, explica Juliana Dias Lopes, Gerente de Inteligência de Mercado da Seapa.
Segundo o Ministério da Economia, em 2021, Goiás exportou 8,5 mil toneladas de café (torrado, verde e solúvel) para 28 países como: Alemanha, Itália, Estados Unidos Bélgica, entre outros.
Café em Cristalina
O município de Cristalina, na região leste, é quem mais produz café em Goiás, é onde fica a Fazenda Nossa Senhora de Fátima, onde são plantados 902 hectares de café e a estimativa é produzir nesta safra 38 mil sacas do grão. Cristiane Zancanaro, é advogada, mas deixou a profissão para trabalhar com o café da família no Cerrado.
“Plantar café no Cerrado Goiano exige muita tecnologia, como é uma região muito seca tem que plantar irrigado. Mas há vantagens, na colheita não chove, deixando-nos tranquilos nessa época, pois a chuva causa fermentação dos grãos, seja no terreiro, seja no pé. E também os terrenos planos, razão que podemos instalar os pivôs centrais de irrigação. Outra vantagem é a altitude, acima mil metros do nível do mar, que também ajuda a produzir excelentes cafés arábicas. Com os manejos sustentáveis, tem nos trazido uma média de 70 sacas por hectare”, conta Cristiane.